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Ma(d)jermanes: passado colonial e presente diasporizado : reconstrução etnográfica de um dos últimos vestígios do socialismo colonial europeu

Texto completo
Autor(es):
Héctor Rolando Guerra Hernandez
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Omar Ribeiro Thomaz; Lorenzo Gustavo Macagno; Marta Denise da Rosa Jardim; Christiano Key Tambascia; Peter Henry Fry
Orientador: Omar Ribeiro Thomaz
Resumo

O objectivo deste trabalho, foi o estudo de um grupo social formado essencialmente pelos antigos trabalhadores mozambiqueños na desaparecida República Democrática Alemã, conhecidos atualmente como "Magermane". Procurou-se estabelecer linhas de continuidade e ruptura entre o passado transnacional deste colectivo como migrantes trabalhistas e seu presente como grupo reivindicativo obliterado pelas esferas do poder, o qual leva 20 anos lutando por seu reconhecimento econômico e social em Moçambique. Este país africano, com uma história de ocupação colonial efetiva de não mais de 70 anos, depois de sua independência de Portugal em 1975, se transformou numa República independente, assumindo um projeto de desenvolvimento que a transformaria, entre 1977 e 1987, numa espécie de nova colônia dos países socialistas do chamado "Segundo Mundo", e posteriormente, com o fim da guerra fria e a queda do Muro de Berlim, tornar-se-ia numa depositaria dos novos postulados neoliberais. Estes antecedentes históricos são cruciais para o entendimento dos processos que intervieram na produção do Estado pós-colonial atual. Um processo que transparenta aquilo que constitui um dos fundamentos das "narrativas de injustiça" Magermane, e que consistem em denunciar uma realidade social que se sustenta e reproduz a partir da presença e persistência de um Estado contra sua sociedade, o qual recrear uma estrutura social conhecida, que situa na ponta de sua hierarquia uma elite empresarial patrimonialista. Uma estrutura que parece contemporizar com as percepções e representações de formas de dominação passadas, entendidas como superadas. Uma estrutura, finalmente, que se alimenta e reproduz de sua população, à qual persiste em tratar como súbditos (AU)

Processo FAPESP: 06/01500-3 - Ma(d)jermanes: passado colonial e presente diasporizado: reconstrução etnográfica de um dos últimos vestígios do socialismo colonial europeu
Beneficiário:Hector Rolando Guerra Hernandez
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado