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Descrição osteológica de Chelus (Pleurodira: Chelidae) fósseis e viventes

Texto completo
Autor(es):
Donato Jesus Martucci Neto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Annie Schmaltz Hsiou; Natália Rizzo Friol; Edson Guilherme da Silva
Orientador: Annie Schmaltz Hsiou; Gabriel de Souza Ferreira
Resumo

Testudines é um clado composto por duas linhagens irmãs, Cryptodira e Pleurodira, ambas com representantes viventes e fósseis, que se diferenciam principalmente pela forma de retração do pescoço para dentro do casco: verticalizada e lateralmente, respectivamente. A Formação Solimões, na Bacia do Acre, que aflora entre os estados do Acre e do Amazonas, contém a fauna fóssil mais diversificada de amniotas neógenos do Brasil. Os afloramentos são encontrados principalmente nas margens erosivas dos rios Purus, Acre e Juruá, entre outros, desde o século XIX. Até o momento, assim como registrado em outros depósitos neógenos do norte da América do Sul, a maioria das tartarugas fósseis da Amazônia brasileira é representada principalmente por gêneros atribuídos às famílias Chelidae, Podocnemididae e Testudinidae. O gênero Chelus (Chelidae) - popularmente conhecido como mata-mata -, representado por duas espécies recentes, Chelus fimbriata e Chelus orinocensis, tradicionalmente também inclui duas espécies extintas: Chelus colombiana e Chelus lewisi. Nesta dissertação, descrevemos e revisamos fósseis do gênero Chelus que estão depositados na coleção do Laboratório de Pesquisas Paleontológicas da Universidade Federal do Acre (campus Rio Branco). Além disso, realizamos uma descrição osteológica detalhada da espécie Chelus orinocensis, utilizando modelos 3D criados a partir de tomografias realizadas em uma pequena amostra de espécimes. A descrição do material fóssil, utilizando como meio de comparação morfológica espécimes de Chelus fimbriata, permitiu-nos observar que certas características que ocorrem como variação intraespecífica nas espécies viventes podem ocorrer da mesma maneira nos fósseis. As comparações morfológicas e análises de variações intraespecíficas permitiram-nos confirmar que apenas a espécie fóssil Chelus colombiana é válida para o gênero. A descrição osteológica detalhada da espécie Chelus orinocensis permitiu-nos criar um atlas anatômico para a espécie, que esperamos auxiliar em comparações anatômicas futuras. (AU)

Processo FAPESP: 21/13200-4 - Novos fósseis do gênero Chelus (Testudines, Chelidae) do Mioceno da Amazônia brasileira, Bacia do Acre, Brasil
Beneficiário:Donato Jesus Martucci Neto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado