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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Mortalidade infantil no município de São Paulo: tendência e desigualdade social (2006–2019)

Texto completo
Autor(es):
Katia Cristina Bassichetto [1] ; Margarida Maria de Azevedo Tenório Lira [2] ; Edige Felipe de Sousa Santos [3] ; Ivan Arroyave [4] ; Samantha Hasegawa Farias [5] ; Marilisa Berti de Azevedo Barros [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Santa Casa de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Saúde Coletiva - Brasil
[2] Independent researcher - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[4] Universidad de Antioquia. Facultad Nacional de Salud Pública - Colômbia
[5] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Saúde Coletiva - Brasil
[6] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Saúde Coletiva - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 57, 2023-11-10.
Resumo

RESUMO OBJETIVO Considerando as evidências publicadas sobre o impacto de crises econômicas e da implementação de políticas de austeridade fiscal em vários indicadores de saúde, e a ocorrência recente desses eventos no Brasil, o objetivo deste estudo foi analisar o comportamento da tendência e da desigualdade socioespacial da mortalidade infantil no município de São Paulo, entre 2006 e 2019. MÉTODOS Trata-se de estudo ecológico de análise de tendência temporal, desenvolvido no município de São Paulo e em três estratos de áreas de residência, diferenciadas segundo nível de vulnerabilidade social, a partir do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social de 2010. Calcularam-se as taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal para cada um dos estratos de vulnerabilidade social, para cada ano do período e para o primeiro e o último triênios. A tendência temporal foi analisada com o modelo de regressão de Prais-Winsten e a magnitude da desigualdade avaliada pelas razões de taxas. RESULTADOS O declínio das taxas de mortalidade infantil e de seus componentes, observado entre 2006 e 2015, que foi mais elevado no estrato de baixa vulnerabilidade social e no período pós-neonatal em comparação ao neonatal, foi interrompido em 2015, com estagnação das taxas no período subsequente (2016–2019). A análise da desigualdade da mortalidade infantil entre os estratos de vulnerabilidade social revelou aumento significativo entre os triênios inicial e final do período analisado; as razões de taxas cresceram de 1,36 para 1,48 entre o estrato de alta em relação ao de baixa vulnerabilidade social e de 1,19 para 1,32 entre o de média e de baixa vulnerabilidade social. CONCLUSÕES O estancamento do declínio da taxas de mortalidade infantil em 2015 e o aumento da desigualdade socioespacial observados apontam para a necessidade premente de reformulação das políticas públicas vigentes para reversão desse quadro, visando reduzir a iniquidade presente no risco de morte infantil. (AU)

Processo FAPESP: 20/03013-0 - Desigualdades sociais em saúde nos municípios sedes de duas metrópoles paulistas: mensuração, monitoramento e análises
Beneficiário:Edige Felipe de Sousa Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Processo FAPESP: 17/23995-9 - Desigualdades sociais em saúde nos municípios sedes de duas metrópoles paulistas: mensuração, monitoramento e análises
Beneficiário:Marilisa Berti de Azevedo Barros
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático