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Borreliose em cavalos: epidemiologia, infecção experimental e terapêutica

Texto completo
Autor(es):
Roberta Carvalho Basile
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Jaboticabal. 2016-02-16.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Jaboticabal
Data de defesa:
Orientador: Antonio de Queiroz Neto; Delphim da Graça Macoris
Resumo

A Borreliose de Lyme é uma doença causada pela espiroqueta Borrelia burgdorferi sensu lato, cosmopolita, transmitida por meio da picada de carrapatos que permanecem aderidos ao hospedeiro por mais de 24 horas. Em humanos, pode provocar doenças articulares, cardíacas e neurológicas. Nos equinos, até o presente momento a doença havia sido descrita por meio de relatos de caso e extrapolações de sua patogenia nos humanos. Por meio do presente estudo, pretende-se pesquisar os sinais clínicos e alterações hematológicas da borreliose de Lyme nos equinos. Além disso, avaliou-se também a viabilidade de se tratar os equinos infectados com ceftriaxona sódica. Para tanto, o experimento foi composto por três principais fases. A primeira fase foi composta por um levantamento epidemiológico da doença no Estado de São Paulo, especificamente nas cidades com casos suspeitos de borreliose de Lyme em humanos. Coletou-se amostras de sangue e histórico clínico de 760 equinos e obteve-se média de 21% de soropositividade no estado. Desta fase, concluiu-se que existe grande relação entre a soropositividade, presença de carrapatos Amblyomma sculptum, presença de capivaras na propriedade, linfopenia, abortamento e retenção de placenta. A segunda fase foi composta por uma infecção experimental de dois equinos adultos com B. burgdorferi cepa G39/40. Os equinos foram avaliados durante 90 dias de infecção e foi possível verificar que os animais apresentaram sinais clínicos e alterações hematológicas inespecíficas somente nos primeiros 11 dias de infecção. Notou-se a presença de anemia normocítica hipocrômica discreta, dores musculares, palidez de mucosas, letargia e aumento de linfonodos, sinais que podem facilmente ser confundidos com a piroplasmose crônica. Durante a fase 3 do experimento, os dois equinos infectados experimentalmente foram submetidos ao tratamento com ceftriaxona sódica por via intravenosa. Já durante a primeira aplicação, ambos desenvolveram uma reação anafilactóide de moderada à severa, com consequência de síndrome cólica para um deles e laminite para o outro. Ambos se recuperaram e foram finalmente tratados com oxitetraciclina. (AU)

Processo FAPESP: 13/03732-2 - Caracterização clínica, laboratorial e terapêutica de equinos infectados pela borreliose de lyme símile (brasileira)
Beneficiário:Roberta Carvalho Basile
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado