Professora do Departamento de Antropologia da USP, Pesquisadora e ex-Coordenadora Científica do Centro de Estudos Ameríndios, da Pró-Reitoria de Pesquisa CEstA/USP (www.usp.br/cesta). Realizou Mestrado em Antropologia Social pela UNICAMP (1988, bolsa FAPESP) e doutorado em Antropologia Social pela USP (1998, bolsa FAPESP). Realizou Pós-Doutorado no Centro de Estudos Brasileiros CEBRAP (2000-2005, bolsa FAPESP). Foi pesquisadora fundadora do Núcleo de História dos Índios e do Indigenismo (1986-2010) e do CEstA/USP (desde 2011). Foi vice-diretora do Instituto de Estudos Brasileiros IEB/USP (2006-2010). Foi professora visitante do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Portugal (ULisboa) em 2016. Participou da Missão CAPES-COFECUB no Centre National de la Recherche Scientifique CNRS (Paris, 2003). Orientou doze doutorados, nove mestrados e vinte e duas iniciações científicas. Tem experiência na área de antropologia, com ênfase em teoria antropológica e etnologia ameríndia, atuando principalmente nas linhas de pesquisa sobre territorialidades ameríndias, relações interespecíficas na Amazônia e história dos povos indígenas na América do Sul. Bolsista Produtividade do CNPq de 2015-2021. É sócia efetiva da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da Associação Portuguesa de Antropologia (APA). (Fonte: Currículo Lattes)
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Este livro tem como foco principal a descrição e análise do ritual de iniciação pelo qual passam as moças ticuna, a chamada Festa da Moça Nova. Os Ticuna são um povo de língua isolada, habitantes, em sua maior parte, do Alto Rio Solimões (AM), distribuídos entre Brasil, Peru e Colômbia. Por ocasião da menarca, as meninas são colocadas em reclusão e é organizado o ritual. Para compreenderm…
Este trabalho reflete sobre a organização social mura, a partir do estudo de uma das aldeias que compõem o Terra Indígena Cunhã-Sapucaia, localizada no município de Borba (AM). O tema da construção e manutenção da comunidade desdobra-se para o quadro mais amplo das relações multilocais que congregam o universo das demais aldeias dentro do território, organizadas em torno do eixo do rio Ig…
As chamas que consumiram o Museu Nacional do Rio de Janeiro em setembro de 2018 não destruíram apenas o edifício histórico e seu acervo, mas também a documentação que testemunhava o início da Ciência brasileira praticada neste museu. No momento atual, em que a Ciência brasileira sente as consequências do desastre do Rio de Janeiro e da perda de sua documentação, ao mesmo tempo em que assi…
Essa pesquisa visa alargar o conceito de sonho através de um diálogo entre a psicologia cultural e o perspectivismo Ameríndio da antropologia, mediado pela sistematização teórico-metodológica da multiplicação dialógica (Guimarães). Ao aproximar as diferentes concepções de sonho possíveis em contextos culturais distintos, busca ampliar suas potencialidades. O alargamento do conceito de son…
Este projeto de pesquisa apresenta como tema o deslocamento de famílias caiçaras resultante dos impasses ambientais por elas vividos após a criação de uma Unidade de Conservação (UC) na região conhecida como Jureia-Itatins. Com base em um arcabouço teórico-metodológico buscado na Etnologia Ameríndia a respeito das relações entre natureza e cultura na constituição de territorialidades, e n…
O projeto se volta para um estágio de três meses na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, França), sob a supervisão do professor Dr. Alexandre Surrallés. Trata-se de um programa de estudos e atividades acadêmicas que contribuirão qualitativamente com a pesquisa que desenvolvo atualmente no Brasil com o apoio da FAPESP, intitulada "No meio do caminho: impasses ambientais e d…
Esta proposta de estágio no exterior tem como objetivo um maior aprofundamento no estudo da língua ticuna. O foco específico está nas traduções, revisão de traduções, descrição e análise de mitos, exegeses e letras de canções relacionadas à Festa de Moça Nova - ritual de iniciação feminina dos Ticuna. Está prevista também a tradução e análise de termos chave para as análises do ethos do r…
Esta proposta de estágio tem como uma de suas hipóteses a ideia de que é produtivo pensa o ritual de iniciação feminina dos índios Ticuna como uma máquina de recalcamento da produção desejante das neófitas que por ele passam. Tudo indica que este recalcamento recairia nas alianças com seres não-humanos que aconteceram no tempo do mito e que o ritual, por meio de uma "profilaxia catártica"…
Publicado em 13 de março de 2020 - Agência FAPESP. A despeito de todas as pressões da sociedade envolvente, o povo Ticuna preservou uma de suas cerimônias mais importantes, a Festa da Moça Nova. Estudo antropológico investigou em profundidade esse ritual. Um livro sobre esse tema, escrito pelo antropólogo Edson Matarezio Filho, foi publicado recentemente com apoio da FAPESP: “A Festa da Moça Nova: ritual de iniciação feminina dos índios Ticuna”.
CV Lattes
ORCID