Graduada e licenciada em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (1971), com mestrado (1974) em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) e doutorado (1978) em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela USP, especialização em Microbiologia pela Division of Plant Industry, CSIRO-Canberra, Austrália (1975), pós-doutorado em ecologia microbiana e em estudos genéticos da fixação biológica de nitrogênio em feijoeiro, na Universidade de California - Davis (1989-1992). Prof. Livre-Docente em Biotecnologia Vegetal (1997) e Prof. Titular em 2006 pela USP, desenvolve pesquisas no Laboratório de Biologia Celular e Molecular (CENA-USP). Foi Diretora do CENA de 2014 a 2018, Vice-Diretora de 2018 a 2022 e Vice-Prefeita do Campus da USP - Luiz de Queiroz de 2018 a 2023. Foi presidente do Programa de Pós-Graduação Interunidades em 2004-2005 e atualmente, do PPG-Ciências do CENA/USP (ambos com conceito 7 pela CAPESP). Orientou alunos de graduação (125), pós-graduação - 51 Mestres (3 em andamento) e 50 Doutores (8 em andamento), 14 Pós-Doutores e 5 Jovens Pesquisadores. Suas pesquisas têm como base a microbiologia e, especialmente a microbiologia do solo, o fio condutor que tem guiado as suas pesquisas ao longo de sua carreira, levando a maiores sucessos científicos na área da agricultura sustentável através de manejo de agroecossistemas com uso de bioinsumos. Coordenou vários projetos (25) com cooperações internacionais (US National Academy of Science BOSTID e National Science Foundation-FAPESP BIOTA, NWO-Netherland Scientific Organization) e com colaboradores brasileiros de universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas, com foco principalmente em estudos ambientais, conservação da biodiversidade e produção agrícola sustentável, além do desenvolvimento de tecnologias para certificação da inocuidade de produtos agropecuários para fins de exportação. Eleita membro titular da Academia Brasileira de Ciências em maio de 2008 e da Academia Mundial de Ciências em novembro de 2018, é pesquisadora do CNPq 1A desde 2004. É autora/co-autora de 255 artigos em periódicos nacionais e internacionais, 2 livros, 26 capítulos de livros, está na lista dos cientistas mais influentes do mundo em Ciências Agrárias (2021, 2023), com h=55 (Web of Sciences), h=55 (Google Scholar), h=57 (Research Gate), Scopus (47). Foi membro do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Agronegócio como representante do setor acadêmico-científico do MCTI-DF (2012-2014, 204-2015), membro do CA-Ciências Agrárias (2009-2012, 2013-2014). Recipiente da Medalha Mérito Científico e Tecnológico pelo Governo do Estado de São Paulo, Mérito USP (2000), Prêmio Scopus-Elsevier Latino (2008), Prêmio "Engenheira Agrônoma do Ano" pela Associação dos Eng. Agrônomos do Estado de São Paulo (2017), Prêmio Desafio 2050 pela FAO - Agricultura e Alimento para um Futuro Sustentável (2018), Medalha "Amiga da Marinha" pela participação no GT7-Programa Nuclear Brasileiro (GSI-DF em 2018), Indicação "100 Mulheres Mais Poderosas do Agronegócio" pela Revista Forbes (2021) com Troféu pela Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo (2021), Prêmio Tese Capes - Ciências Agrárias pela supervisão de alunos (2014), Prêmio Capes-Vale (2015), Prêmio Tese Destaque USP (Sustentabilidade Ambiental) (2022). Sua carreira está baseada fortemente em microbiologia e aspectos moleculares das interações planta-microrganismos, com foco na conservação da biodiversidade, qualidade do solo e produção agrícola sustentável. Áreas de pesquisa: Agronomia, com ênfase em microbiologia e ecologia microbiana molecular, interação planta-microrganismos, manejo de agro-ecossistemas sustentáveis com adoção de bioinsumos. Estudos com feijoeiro se concentram na determinação da tolerância ao estresse hídrico em genótipos elites na associação com microssimbiontes. (Fonte: Currículo Lattes)
| Matéria(s) publicada(s) na Revista Pesquisa FAPESP sobre o(a) pesquisador(a): |
| Alianças com os micróbios |
| Alianzas con los microbios |
| Matéria(s) publicada(s) no Pesquisa para Inovação FAPESP sobre o(a) pesquisador(a): |
| Biotecnologia pode tornar agricultura resiliente às mudanças no clima |
| Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o(a) pesquisador(a) |
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O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos, fibras e (bio)combustíveis. Estimativas indicam que o país precisaria aumentar a produção de alimentos em 40% para atender às demandas globais até 2050. Enquanto isso, os sistemas agrícolas tropicais precisam ser aliados importantes para sequestrar carbono (C) e reduzir a emissão de gases de efeito estufa e, conseq…
A proposta atual visa atingir a agricultura sustentável no bioma Amazônia, avaliando modelos de sistemas agroflorestais (SAF), conectando a saúde do solo com a qualidade dos frutos. Esses SAFs serão comparados a outros sistemas que adotam práticas agrícolas menos conservacionistas. Mais especificamente, visa compreender profundamente a diversidade microbiana dos solos amazônicos, bem como…
Os processos físicos, químicos e biológicos mantem interação constante entre planta e solo. Os efeitos desses processos são denominados feedbacks planta-solo e são pouco conhecidos nos solos da Amazônia, sendo críticos para se restaurar a biodiversidade vegetal e as propriedades dos ecossistemas. O objetivo deste trabalho é avaliar os feedbacks planta-solo na floresta e em sistemas agríco…
O CENA/USP, Instituto Especializado e Órgão Integração da Universidade de São Paulo, conta atualmente com um corpo próprio de 34 Docentes contratados em RDIDP, sendo 8 Professores Titulares (23,5%), 15 Professores Associados (44,1%) e 11 Professores Doutores (32,4%). Embora o CENA enquadre-se como um Instituto Especializado, as atividades de ensino (Graduação - cursos da ESALQ/USP e dois …
O Centro de Energia Nuclear na Agricultura é um dos mais importantes Institutos especializados da Universidade de São Paulo com excelência em ensino de Pós-graduação e Pesquisa. Desta forma, é de considerável relevância priorizar projetos de melhorias na infraestrutura da instituição. Assim, dando continuidade a esta iniciativa, foi decidido pelo CD/CENA (12/05/2016) que os recursos da Re…
Conforme mencionado no Plano de Aplicação Anual da FAPESP-Reserva Técnica Institucional 2015, destaca-se que o desempenho do CENA em atividades científicas é altissonante em todos os aspectos (publicações, captação de recursos em agências de fomento, projetos com envolvimento de pós-doc, entre outros) e para que possamos ampliar essas ações e buscarmos sempre a inovação e pioneirismo é im…
A escassez de alimentos causada pelas mudanças climáticas cria uma oportunidade para o desenvolvimento de práticas inovadoras de biotecnologia, ampliando a capacidade de produção alimentar humana. Plantas, microrganismos e o solo mantem uma interação físico-química e biológica delicada que contribui para o sucesso de iniciativas agrícolas. Essas relações têm sido amplamente estudadas em s…
O desmatamento da Floresta Amazônica é um dos principais problemas ambientais do Brasil, com cerca de 20% de sua área já tendo sido desmatada. Isso pode afetar o papel da floresta no ciclo do C, levando à liberação de gases do efeito estufa, incluindo o dióxido de carbono (CO), e à alteração do seu potencial como sumidouro. Ainda, as previsões futuras de aumento de temperatura na Bacia a…
A retirada da floresta primária acarreta na perda da camada superficial do solo e na diminuição do teor de nutrientes disponíveis para as plantas, além de aumentar o risco de clareiras causadas por queda de árvores. A recuperação da floresta pode levar até 175 anos, dependendo do uso prévio e do manejo da terra. Este projeto propõe estudar a microbiota da rizosfera de espécies arbóreas ut…
Em florestas, as árvores são as principais responsáveis por definir as interações que ocorrem acima e abaixo do solo. Através da deposição de serrapilheira, fornecem a maior fonte de matéria orgânica acumulada sobre o solo, que suporta comunidades de organismos capazes de decompor e devolver componentes orgânicos e minerais ao ecossistema. Altamente degradada, a Mata Atlântica é a segunda…
Com a crescente demanda por uma agricultura mais sustentável, um aproveitamento eficiente de pastagens torna-se necessário. Porém, de acordo com o diagnóstico das pastagens do Brasil, realizado pela Embrapa em 2014, cerca de 100 milhões de hectares de pastagens do país encontram-se em algum nível de degradação. O fósforo é um dos nutrientes mais limitantes em solos tropicais, portanto, as…
O metano é um dos principais gases do efeito estufa e seu ciclo é dependente da ação de microrganismos em várias de suas etapas, sendo estas as únicas fontes e drenos naturais em relação aos solos. Arquéias metanogênicas tipicamente produzem este gás, enquanto bactérias metanotróficas realizam seu consumo, utilizando-o como fonte de energia. Assim, compreender como os fluxos de metano e a…
As áreas alagadas abrigam uma grande biodiversidade, mas essas regiões são também fontes de emissão de gases de efeito estufa. O Pantanal é a maior área alagada tropical do mundo e compreende cerca de 600 lagoas salino-alcalinas ou lagos de soda, ambientes extremos que fornecem um habitat único para microrganismos haloalcalifílicos. Existem poucos dados disponíveis na literatura sobre a d…
Resultados preliminares do projeto de doutorado em andamento financiado pela FAPESP (2018/14974-0) indicaram que solos de áreas inundáveis e de floresta primária Amazônia têm um potencial distinto de emissão e sequestro de metano (CH4) em resposta às condições de inundação. Além disso, observamos um aumento na abundância de arqueias metanogênicas em resposta ao aumento de temperatura. Dia…
A bacia do rio Amazonas constitui 40% da floresta tropical mundial, participando da regulação climática global e dos fluxos de gases atmosféricos, incluindo o metano (CH4). No entanto, mais de 15% da floresta amazônica já foi convertida em uso agrícola, dos quais 80% são pastagens. Os solos da Amazônia também são sumidouros importantes do CH4 atmosférico, mas, após a conversão de floresta…
CV Lattes
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