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Estudo do canal incisivo por meio da tomografia volumétrica

Texto completo
Autor(es):
Thaís Sumie Nozu Imada
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Izabel Regina Fischer Rubira de Bullen; Mariela Siqueira Gião Dezotti; Renato Yassutaka Faria Yaedú
Orientador: Izabel Regina Fischer Rubira de Bullen
Resumo

Considerada uma área segura, a região anterior da mandíbula, entre os forames mentuais, abriga muitas estruturas vitais e é passível de muitas intervenções cirúrgicas como colocação de implantes osseointegrados e alguns procedimentos da Cirurgia Ortognática. O Canal Incisivo (CI) é um importante reparo anatômico localizado nessa região e é muitas vezes desconsiderado e nesses casos pode acarretar complicações cirúrgicas. O planejamento radiográfico é um dos mais importantes aspectos pré-cirúrgicos para que não haja injúria dessas importantes estruturas, entretanto, as radiografias convencionais usadas atualmente (intraorais e panorâmica) apresentam uma grande limitação no que se trata da interpretação do CI. A Tomografia Computadorizada Volumétrica de Feixe Cônico (TCFC) oferece a obtenção da imagem do canal incisivo em três dimensões permitindo um completo estudo do seu trajeto e morfologia. Objetivo: Estabelecer as taxas de visibilidade, o comprimento, a localização, o diâmetro e o curso do CI por meio da TCFC e Panorâmica Digital. Material e Métodos: O grupo de estudo consistiu em 100 exames de mandíbula de pacientes adultos realizados por meio da TCFC com protocolo de aquisição padronizado e Panorâmica Digital dos mesmos pacientes obtidos dos arquivos de imagem do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. As imagens foram obtidas pelo dispositivo i-CAT Classic e analisadas pelo i-CAT Vision software em sala adequada. As taxas de visibilidade do CI nas reformatações panorâmicas, digitais e coronais, seu comprimento e localização foram analisando bilateralmente a partir dos forames mentuais até a linha média mandibular. Posteriormente foi feita uma comparação da visibilidade do CI com a radiografia panorâmica digital dos mesmos pacientes. Resultados: Na Panorâmica Digital a visualização do CI foi em média de 20,5% enquanto que na reformatação panorâmica da TCFC a visibilidade foi em torno de 45%. O teste McNemar mostrou diferença estatística significante entre os métodos de aquisição de imagens, indicando a superioridade da TCFC sobre a Panorâmica Digital para a visualização do CI. Na Reformatação Parassagital, a média da visualização do CI foi na área pós-forame de 42%, na região de caninos de 28,5%, na região de incisivos laterais de 11,5% e na região de incisivos centrais foi de 4%. Na Reformatação Coronal, esses valores foram de 68%, 44%, 22% e 9% respectivamente, nas diferentes regiões. A média do comprimento visível do CI a partir do forame mentual foi de 9,2mm nas diferentes reformatações panorâmicas da TCFC. As distâncias médias da reformatação parassagital do CI à base da mandíbula foi de 10,10mm, CI ao ápice dental foi de 8,34mm, do CI ao rebordo alveolar foi de 12,88mm do C a tábua óssea vestibular foi de 4,04mm e do CI à tábua lingual foi de 5,21mm. A trajetória do CI foi de vestibular para lingual e descendente. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre a visibilidade do CI em relação e o lado, idade e gênero do paciente. A trajetória do CI foi descendente de vestibular para lingual. Conclusão: A superioridade da TCFC em detectar o CI na região anterior da mandíbula, torna esta modalidade de exame imprescindível na avaliação pré-operatória para procedimentos cirúrgicos desta região. (AU)

Processo FAPESP: 09/03758-6 - Estudo do Canal Incisivo por meio de Tomografia Volumétrica
Beneficiário:Thaís Sumie Nozu Imada
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado