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A constituição do discurso feminista no Brasil e na Argentina na década de 1970

Texto completo
Autor(es):
Mariana Jafet Cestari
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Lucilia Maria Sousa Romão; Angela Maria Carneiro Araujo
Orientador: Monica Graciela Zoppi Fontana
Resumo

A emergência da "segunda onda feminista" no Brasil e na Argentina a partir dos anos 1970, como parte da conjuntura da América Latina, implicou a formação do sujeito político mulheres feministas relacionada à constituição de um lugar de enunciação coletivo das mulheres e para as mulheres no discurso e na história. A partir do lugar teóricometodológico da Análise do Discurso materialista, a análise comparativa da constituição do discurso feminista nos dois países é profícua para observar semelhanças e especificidades destes processos discursivos e a relação de forças com outros discursos em circulação na sociedade naquele período. Para tanto, o corpus discursivo da pesquisa é composto por enunciados de textos feministas escritos (periódicos, panfletos, resoluções de encontros e manifestos) em circulação no Brasil e na Argentina nos anos 1970, com destaque para o jornal Nós Mulheres (1976-1978) e a revista Persona (1974-1976). A descrição dos processos discursivos que representam imaginariamente os lugares sociais e as posições que funcionam como espaço de identificação no qual as mulheres se constituem/significam como feministas e enquanto tais como novo sujeito político, pela adesão ativa, nas lutas políticas e sociais empreendidas pelo movimento, produz elementos para se apreender a constituição deste lugar de enunciação. O questionamento presente no discurso feminista dos limites entre o público e o privado, com sua expressão na palavra de ordem "O pessoal é político!", é constitutivo do lugar de enunciação do sujeito político mulheres feministas. Considera-se que o movimento e o discurso feminista eram (e são) heterogêneos e produziram diferentes sentidos em condições de produção determinadas. As regularidades de certas projeções imaginárias no discurso feminista no Brasil e na Argentina sustentam a existência de uma formação discursiva feminista, que funciona como uma espécie de "autodicionário" e "matriz de sentido" do discurso feminista e na qual se configuram diversas posições sujeito (AU)

Processo FAPESP: 08/08894-2 - A constituição do discurso feminista no Brasil e na Argentina nas décadas de 1970 e 1980
Beneficiário:Mariana Jafet Cestari
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado