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Estudo da atividade proteolítica da dentina humana sadia e cariada

Texto completo
Autor(es):
Cristina de Mattos Pimenta Vidal
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcela Rocha de Oliveira Carrilho; Carlos Eduardo Francci; Ivarne Luis Santos Tersariol; Marcelo Giannini; Roberta Caroline Bruschi Alonso
Orientador: Marcela Rocha de Oliveira Carrilho
Resumo

Há pouco mais de 15 anos, as metaloproteinases da matriz (MMPs) foram consideradas enzimas responsáveis pela degradação da matriz orgânica dentinária na progressão da cárie. Neste meio tempo, porém, poucos estudos foram publicados tendo como base esta premissa. Recentemente, foi indicado que outras proteases como as cisteíno-catepsinas (CTs) poderiam atuar nesta degradação. Os objetivos deste estudo foram de avaliar e comparar a abundância e atividade proteolítica de diferentes MMPs (MMP-2, -8 e -9) e CTs (B, K e L) na matriz orgânica dentinária sadia e cariada. A abundância e distribuição destas enzimas in situ, isto é, na dentina sadia e cariada, foi realizada por imuno-histoquímica convencional. A abundância de MMP-2, -9 e CTs B e K, assim como a avaliação da estrutura do colágeno nos tecidos sadio e cariado, também foram realizadas por imunofluorescência. Também foi realizada a extração dessas enzimas da dentina por diferenes métodos: 1) extração com hidrocloreto de guanidina associado ao EDTA (G-EDTA); 2) ácido fosfórico (AF); 3) ácido acético (AC) e 4) hidrocloreto de guanidina associado ao ácido acético (G-AC). A avaliação da abundância de MMP-2, -8 e -9 e das CTs B e K foi realizada por western blot. A atividade enzimática nos extratos obtidos pelos protocolos de extração foi analisada por zimografia e por espectrofluorimetria. Além disso, o grau de solubilização da matriz orgânica dentinária em tecido sadio e cariado foi avaliado pela quantificação de hidroxiprolina (HYP). As imagens de imuno-histoquímica convencional mostraram abundância de MMP-2, -8 e -9 assim como das CTs B, K e L especialmente em dentina profunda e na região da pré-dentina, com maior abundância no tecido cariado. Os mesmos achados foram observados para a imunofluorescência, sendo que no tecido cariado, além da maior abundância das proteases, a estrutura do colágeno mostrou-se alterada. A partir da extração de proteases da dentina sadia e cariada, o ensaio de western blot revelou a presença de MMP-2, -8 e -9 e CTs B e K nos diferentes protocolos, com maior abundância no tecido cariado. A zimografia mostrou atividade gelatinolítica correspondente a MMP-2 para todos os protocolos de extração, com variação em função do extrato avaliado. A espectrofluorimetria mostrou variação na atividade proteolítica de MMPs e CTs em dentina sadia conforme o extrato e protocolo de extração avaliados. O grau de solubilização da matriz orgânica dentinária foi maior no tecido cariado. A liberação de HYP também variou em função dos métodos de extração testados, com maior liberação observada para o protocolo de extração AC. Pode-se concluir que, além das MMP-2, -8 e -9, as CTs B, K e L estão presentes na dentina humana sadia e cariada, com maior abundância no tecido cariado, sendo que a presença e atividade dessas enzimas pode variar em função do método de extração de proteínas utilizado. Os resultados desse estudo sugerem que MMPs e CTs podem atuar em conjunto na degradação do matriz orgânica dentinária no processo de cárie e ainda reforçam a teoria para a fisiopatologia da cárie, em que um mecanismo proteolítico endógeno seria o responsável pela destruição da estrutura dental (AU)

Processo FAPESP: 09/13652-0 - Estudo da Atividade Proteolítica da Dentina Humana Sadia e Afetada por Cárie.
Beneficiário:Cristina de Mattos Pimenta Vidal
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado