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Cartografia do invisível: a representatividade espacial das relações de trabalho e de gênero na geografia brasileira

Texto completo
Autor(es):
Isabela Magalhães Bordignon
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Lindon Fonseca Matias; Fernanda Padovesi Fonseca; Danubia Caporusso Bargos
Orientador: Lindon Fonseca Matias
Resumo

A segunda metade do século XX foi bastante importante para a Geografia, para a Cartografia e para a relação existente entre as duas ciências. Em meio a uma reorganização do sistema capitalista, de revoluções tecnológicas e culturais, no contexto brasileiro surge a Geografia Crítica, como uma corrente da renovação teórico-metodológica, que se contrapunha à Geografia Tradicional e à cartografia que era praticada até então, ao passo que produziam mapas convencionais sob um viés neopositivista. No exercício de repensar a relação entre a cartografia e essa Geografia renovada, propõe-se uma Cartografia Geográfica, uma cartografia que seja capaz de representar o espaço geográfico (espaço socialmente produzido) e que seja comprometida com a revelação das desigualdades sócio-espaciais e a transformação da sociedade. Também como reflexo dos acontecimentos nas décadas finais do século XX, em especial do movimento feminista das décadas de 1960/70, iniciam-se as discussões de gênero dentro das universidades, principalmente nas pesquisas em ciências sociais. Em especial, atrelada a uma nova forma de se compreender o espaço, enquanto multidimensional, complexo e não neutro, as discussões de gênero inauguraram um novo subcampo nos estudos geográficos, denominado de Geografia de Gênero/Feminista, ganhando maior visibilidade no Brasil somente no início do século XXI. Dessa forma, foi possível reconhecer a maneira distinta pela qual as mulheres vivenciam e produzem o espaço social, marcado pela reafirmação capitalista do patriarcado. Teve-se por objetivo a análise da representatividade espacial das relações de trabalho e de gênero no contexto brasileiro, compreendendo quais as epistemologias têm fornecido subsídio para a produção de mapas. A metodologia adotada consistiu no levantamento e revisão bibliográfica, realização de entrevistas/conversas informais e trabalho de campo, confluindo para a análise de como os mapas têm sido utilizados por geógrafas e geógrafos, quais as suas potencialidades e os limites enquanto um importante instrumento para a ciência geográfica na identificação das desigualdades sócio-espaciais. A presente pesquisa contribuiu para identificar a ausência de mulheres na produção científica acerca da Cartografia Geográfica, bem como uma lacuna na produção epistemológica brasileira que discuta tal temática a partir da categoria de Gênero, demonstrando a necessidade de tensionamento da Cartografia a partir das relações de gênero, no que se nomeia como Cartografia Geográfica de Gênero (AU)

Processo FAPESP: 21/05703-6 - Cartografia do invisível: a representatividade espacial das relações de trabalho e gênero na Geografia brasileira
Beneficiário:Isabela Magalhães Bordignon
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado