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Resposta de termorregulação em ovinos: abordagem celular

Texto completo
Autor(es):
Messy Hannear de Andrade Pantoja
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Pirassununga.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Zootecnica e Engenharia de Alimentos (FZE/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Cristiane Gonçalves Titto; Débora Andréa Evangelista Façanha; Alexandre Rossetto Garcia; Aline Freitas de Melo; Francisco José de Novais; Jamile Andrea Rodrigues da Silva
Orientador: Cristiane Gonçalves Titto
Resumo

O objetivo deste estudo é a identificação de diferenças fisiológicas e metabólicas entre ovinos mais e menos tolerantes ao calor, por meio da caracterização das alterações morfológicas, endócrinas e moleculares durante o estresse por calor. O trabalho foi composto por dois experimentos que foram conduzidos no Campus Fernando Costa (FZEA) da Universidade de São Paulo, Brasil. No primeiro experimento foram utilizadas 24 ovelhas da raça Santa Inês (pelagem preta) prenhes e 18 não prenhes, os animais foram avaliados durante duas ondas de calor consecutivas e em condições de termoneutralidade. Durante experimento foram registrados dados meteorológicos (temperatura do ar, umidade relativa e radiação solar), variáveis fisiológicas (temperatura retal, timpânica e frequência respiratória) e hormonais (triiodotironina e prolactina). No segundo experimento foram utilizadas 80 ovelhas da raça Santa Inês (pelagem preta), distribuídas aleatoriamente em 4 grupos experimentais (20 animais) alojados em piquetes com capim Aruana. Posteriormente, cada grupo foi mantido 7 dias na Câmara climática com temperatura média de 36°C (10h00 às 16h00) e com redução de no termostato para 26 °C a partir das 16h00 às 10h00. Ao final de cada ciclo foram realizadas amostragens de temperatura retal e frequência respiratória, temperatura da superfície ocular por termografia infravermelho e sangue para análise de concentração de T3 às 13h, 16h, 19h, 21h, 1h, 4h, 7h, 10h. Também, foram colhidas amostras de pele para exame histológico, de forma a avaliar a estrutura e a morfologia das glândulas sudoríparas. Neste momento foram colhidos microfragmentos de pele para a realização da transcriptoma para avaliar a expressão gênica de possíveis genes envolvidos na tolerância ao calor. Foram utilizados os parâmetros fisiológicos para selecionar animais com alta tolerância ao calor (HHT) e animais com baixa tolerância ao calor (LHT), e apenas nestes foram avaliadas as concentrações de cortisol e a expressão gênica. As análises de dados foram realizadas com auxílio do programa estatístico Statistical Analysis System (SAS, 2017). No experimento 1, as variáveis fisiológicas de animais gestantes e não gestantes foram maiores nas condições de onda de calor e foram relacionadas à ativação do sistema termorregulador para manutenção da homeotermia. A temperatura corporal central foi maior durante as ondas de calor sucessivas, assim como a temperatura timpânica, ambas afetadas por mudanças na temperatura do ar. No experimento 2, ovelhas de LHT apresentaram temperaturas retais e antímeros direitos mais elevados ao longo do dia. Animais com LHT acumularam mais calor e precisaram de mais tempo para dissipar o excesso de calor do que ovelhas com HHT e por fim, foram encontrados 15 genes diferencialmente expressos entre animais de baixa e alta tolerância ao calor. Os cinco genes diferencialmente expressos (DE) foram upregulated e 10 genes DE foram downregulated no HHT em comparação com o grupo LHT. Foi possível identificar individualidade em relação à capacidade de termorregulação e tolerância ao calor em ovinos Santa Inês no grupo estudado. Estudos mais aprofundados são necessários para entender como a regulação genica se comporta em ovinos deslanados. (AU)

Processo FAPESP: 19/22226-7 - Identificação de genes relacionados ao estresse por calor em ovinos Santa Inês
Beneficiário:Messy Hannear de Andrade Pantoja
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado