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Evolução tectono-metamórfica do Terreno Embu e relações com terrenos adjacentes na Faixa Ribeira Meridional (SP)

Texto completo
Autor(es):
Dina Isabel Guerreiro Cabrita
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Geociências (IG/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Frederico Meira Faleiros; Inês Pereira; Carla Cristine Porcher; Telmo Bento dos Santos; Alice Westin Teixeira
Orientador: Frederico Meira Faleiros
Resumo

O metamorfismo em conjunto com o magmatismo e a deformação fornecem informações importantes para a compreensão da evolução tectônica de cinturões orogênicos. Este estudo é particularmente importante na Faixa Ribeira de idade Neoproterozóica, onde existem atualmente modelos tectônicos contrastantes. Modelos envolvendo múltiplas acreções foram os mais aceitos até recentemente. No entanto, estudos recentes propõem um modelo de evolução intracontinental para a Faixa Ribeira. O Terreno Embu e as unidades adjacentes são áreas cruciais para investigar os modelos controversos acima, uma vez que representa uma unidade importante dentro da Faixa Ribeira. Para tanto, esta tese investigou a evolução tectônica do Terreno Embu, do Grupo Votuverava a noroeste e o limite sudeste do Terreno Embu, a Zona de Cisalhamento Cubatão por meio de um estudo envolvendo análise química mineral e de rocha total, orientação cristalográfica preferencial de quartzo e petrocronologia. Os dados desta contribuição revelam uma história evolutiva distinta entre o Grupo Votuverava e o Terreno Embu. Rochas ígneas máficas do Grupo Votuverava registram a existência de dois eventos magmáticos no Mesoproterozóico (1490-1475 Ma e 1300-1260 Ma), caracterizados por razões Th/Yb acima de N-MORB, baixas razões Ta/Yb e Nb/La, baixas concentrações de Nb e Zr, anomalia negativa de Nb, Ndt de -3 a +6 e idade do modelo Nd TDM entre 2110-1500 Ma, que são características de magmatismo relacionado a ambientes de arco magmático. No Terreno Embu, um terceiro evento magmático é registrado durante o Neoproterozóico (900 Ma) com rochas máficas toleíticas caracterizadas por baixos enriquecimentos em LREE, anomalia negativa de Nb, baixos teores de Nb e Zr e baixas razões Nb/La e Zr/Y, consistentes com basaltos relacionados a ambientes de arco magmático. Além disso, os dados metamórficos das rochas metassedimentares do Terreno Embu demonstraram um evento metamórfico de alto grau entre 810-760 Ma representado pelas zonas da silimanita, silimanita-K-feldspato e cordierita com condições P-T entre 750805 °C e 3,69,2 kbar, concomitante à atividade ígnea registrada durante este período. Finalmente, os dados petrocronológicos da zona de cisalhamento de Cubatão indicaram condições de temperatura média de 460520 °C e 4,59,5 kbar, consistentes com microestruturas de recristalização de quartzo indicativas de recristalização de rotação do subgrão entre 610570 Ma. A atividade da zona de cisalhamento de Cubatão é síncrona com o período principal de atividade de outras zonas de cisalhamento dúctil da Faixa Ribeira. Este período coincide com o período principal de atividade de outras zonas de cisalhamento regionais, volumoso magmatismo granítico e metamorfismo regional na Faixa Ribeira, indicando participação ativa das zonas de cisalhamento transcorrentes nos processos orogênicos. Os dados desta contribuição registram vários períodos de acreção e convergência e, portanto, não são consistentes com um modelo de evolução único intracontinental. (AU)

Processo FAPESP: 15/26645-3 - Evolução tectono-metamórfica do Terreno Embu e relações com terrenos adjacentes no Cinturão Ribeira Meridional (SP)
Beneficiário:Dina Isabel Guerreiro Cabrita
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado