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Efeito de um protocolo de exercícios para fortalecimento da musculatura cervical em migranosos em comparação ao grupo placebo - ensaio clínico randomizado

Texto completo
Autor(es):
Mariana Tedeschi Benatto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Debora Bevilaqua Grossi; Carlos Fernando Pereira da Silva Herrero; Daniella Araújo de Oliveira; Denise Martineli Rossi
Orientador: Debora Bevilaqua Grossi; Lidiane Lima Florencio
Resumo

A presença de alterações musculoesqueléticas em pacientes com migrânea, bem como a alta prevalência de dor cervical, já estão bastante elucidadas na literatura. Apesar da indicação de tratamentos não farmacológicos estar crescendo, um protocolo de exercícios direcionado especificamente para a região cervical ainda não teve sua eficácia avaliada. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi verificar a eficácia de um protocolo de exercícios craniocervicais na redução da frequência e intensidade das crises de migrânea. Métodos: Nesse ensaio clínico randomizado de dois braços e grupos paralelos com acompanhamento de 3 meses, 42 voluntários com diagnóstico de migrânea foram avaliados e randomizados em dois grupos, intervenção e placebo. Os voluntários randomizados para o grupo intervenção (n=21) realizaram durante oito semanas um protocolo de exercícios craniocervicais, enquanto que os voluntários do grupo placebo (n=21) receberam aplicações de ultrassom terapêutico desligado na porção média do músculo trapézio superior, também durante oito semanas. Os desfechos primários avaliados foram frequência e intensidade das crises de migrânea, registrados em diários de dor mensais. Como desfechos secundários, foram verificadas a incapacidade relacionada a migrânea e a dor cervical, a percepção global de mudança e satisfação com o tratamento, a amplitude de movimento cervical, o limiar de dor a pressão dos músculos craniocervicais, o craniocervical flexion test (CCFT), a força e a resistência dos músculos cervicais. Além disso, a eletromiografia de superfície foi utilizada durante os últimos três testes. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas para os desfechos primários após as oito semanas de tratamento e após os três meses de acompanhamento (p>0,050). Em relação aos desfechos secundários, observamos no grupo intervenção uma melhora da sensibilidade do músculo frontal (p=0,040), além de redução na amplitude de ativação dos músculos escaleno anterior e trapézio superior nos últimos estágios do CCFT (p&le;0,000) e um aumento no slope da frequência mediana do músculo esplênio da cabeça, durante o teste de resistência dos flexores cervicais (p=0,014) e do músculo escaleno anterior durante o teste de resistência dos flexores e extensores cervicais (p<0,000; p=0,045; respectivamente). Conclusão: Concluímos que a realização exclusiva de um protocolo de exercícios craniocervicais não foi suficiente para promover uma redução da frequência e intensidade das crises de migrânea, bem como melhorar o desempenho dos músculos cervicais e reduzir a incapacidade ocasionada pela migrânea e pela dor cervical. Todavia, o mesmo protocolo de exercícios promoveu uma melhora na ativação dos músculos cervicais durante a realização do CCFT e teste de resistência em pacientes com migrânea. (AU)

Processo FAPESP: 18/17191-7 - Efeito de um protocolo de exercícios para fortalecimento da musculatura cervical em migranosos em comparação ao grupo placebo - Ensaio clínico randomizado
Beneficiário:Mariana Tedeschi Benatto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado