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Encapsulação de ropivacaína em lipossomas por carregamento remoto em função de gradiente iônico

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Autor(es):
Camila Morais Gonçalves da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Eneida de Paula; Leonardo Fernandes Fraceto; Marlus Chorilli; Marco Vinicius Chaud; Angélica de Fátima de Assunção Braga
Orientador: Eneida de Paula; Cintia Maria Saia Cereda
Resumo

A ropivacaína (RVC) é um anestésico local largamente utilizado em procedimentos cirúrgicos. Estudos com ropivacaína lipossomal ou complexada em ciclodextrinas apresentaram bons resultados, porém, anestesia ainda mais prolongada é necessária em procedimentos cirúrgicos de longa duração, no caso de dores crônicas ou no pós-operatório. Este estudo teve como objetivo aumentar a encapsulação da RVC em lipossomas, prolongar ainda mais o seu efeito anestésico e reduzir a sua citotoxicidade. Para isso, foram preparadas formulações lipossomais em pH 7,4: i) com diferentes composições lipídicas (fosfatidilcolina de soja/colesterol/?-tocoferol 2:1:0,07 mol%, fosfatidilcolina de ovo/colesterol/?-tocoferol 4:3:0,07 mol% e fosfatidilcolina de soja hidrogenada (HSPC)/colesterol 2:1 mol%); ii) de diferentes tipos (lipossomas unilamelares, multilamelares e multivesiculares); iii) contendo diferentes gradientes iônicos - composição interna das vesículas: pH 7,4 + sulfato de amônio, pH 5,5, pH 5,5 + sulfato de amônio ou pH 5,5 + citrato de sódio. As formulações preparadas foram caracterizadas quanto à morfologia, tamanho, potencial zeta, polidispersão, eficiência de encapsulação (%EE), cinética de liberação in vitro, permeabilidade do fármaco e grau de empacotamento da camada lipídica. Com o auxílio da quimiometria foram selecionadas as melhores formulações para as análises de estabilidade físico-química, citotoxicidade e efeito anestésico. A formulação de RVC a 0,75% em lipossomas multivesiculares de fosfatidilcolina de soja hidrogenada/colesterol com pH interno de 5,5 + 300 mM de citrato de sódio apresentou os melhores resultados: %EE de 62,5% e citotoxicidade reduzida, além de promover analgesia significativamente (p<0,05) mais prolongada (8 h) em camundongos pelo teste de Von Frey, em relação à RVC em solução (4 h) ou às demais formulações (6 h). Em um segundo momento, os lipossomas combinados (doadores-aceptores) de HSPC/colesterol com gradiente iônico foram preparados e caracterizados: vesículas doadoras multivesiculares, com pH interno 7,4 + sulfato de amônio contendo RVC e vesículas aceptoras unilamelares, com pH interno 5,5. O perfil de toxicidade sobre as células 3T3 em cultura foi: RVC em sistema combinado < RVC em lipossomas (doadores ou aceptores) < RVC em lipossomas convencionais, sem gradiente < RVC em solução. O efeito analgésico da formulação combinada foi significativamente (p<0,05) mais prolongado (7 e 9 h, com 0,75% e 2% de RVC, respectivamente), que com os lipossomas doador ou aceptor separadamente (6 e 7 h) ou com RVC em solução (4 e 5 h). Os resultados obtidos abrem perspectivas para o uso clínico dessas formulações em procedimentos cirúrgicos, para dores crônicas ou no pós-operatório (AU)

Processo FAPESP: 11/21735-3 - Encapsulação de ropivacaína em lipossomas por carregamento remoto em função de gradiente iônico e de pH.
Beneficiário:Camila Morais Gonçalves da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado