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Avaliação ex-vivo dos efeitos antimaláricos da violaceína em isolados amazônicos de Plasmodium vivax e P. falciparum e análise da sua atividade em camundongos infectados com cepas de P. chabaudi resistentes a antimaláricos

Texto completo
Autor(es):
Isabel Cristina Naranjo Prado
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Fabio Trindade Maranhão Costa; Marcelo Brocchi; Pedro Vitor Lemos Cravo
Orientador: Fabio Trindade Maranhão Costa; Stefanie Costa Pinto Lopes
Resumo

A malária é responsável por cerca de 300 milhões de casos de infecção e 1 milhão de mortes por ano. No Brasil, em 2012, foram registrados cerca de 1500 casos sendo a malária vivax responsável por 85% destes. Ainda, é frequentemente reportada falha terapêutica aos antimaláricos convencionais (como cloroquina e mefloquina) em infecções por P. falciparum, principalmente, mas também por P. vivax. Sendo assim, terapias combinadas com artemisinina e seus derivados (ACT) são atualmente recomendadas. No entanto, resistência aos derivados da artemisinina já é evidente e a busca por novos compostos com atividade antimalárica é urgente. A violaceína, pigmento violeta extraído de bactérias Gram negativas, demostrou apresentar elevada atividade antimalárica in vitro e in vivo em trabalho anterior de nosso grupo. Neste sentido, este projeto tem como objetivo aprofundar a investigação a respeito da atividade antimalárica da violaceína avaliando seu papel em isolados amazônicos de P. falciparum adaptados recentemente em cultura, e em P. vivax após imediata coleta de sangue de pacientes infectados. Além disso, investigamos o potencial da violaceína como terapia combinada junto ao artesunato no tratamento de parasitas murinos resistentes a este e a outros antimaláricos como a cloroquina. Inicialmente foram testadas dois diferentes tipos de violaceína in vitro contra P. falciparum 3D7: uma comercial extraída de Janthinobacterium lividum (vJl- IC50: 227 nM) e outra extraída de Chromobacterium violaceum (vCv- IC50: 390 nM). Apesar de não termos encontrado uma diferença na atividade antimalárica entre as duas violaceínas, a extraída de C. violaceum teve uma baixa toxicidade em eritrócitos (<400 nM) em células de hepatoma humano (<800 nM). Devido a esta baixa toxicidade, somente vCv foi avaliada quanto sua atividade antimalárica. Demonstramos que vCv apresentou IC50 similar ao encontrado para P. falciparum 3D7 (IC50 média= 419,8 nM) em 7 isolados de campo de P. falciparum. Ainda, em ensaios in vivo, utilizando cepas murinas de P. chabaudi, vCv conseguiu diminuir significativamente (P<0,05) a parasitemia no dia pico da infeção em cepas resistentes à cloroquina (30CQ) e a artesunato e mefloquina (ATNMF1). Adicionalmente, nos testes realizados em P. vivax a vCv parece evitar o amadurecimento parasitário nos quatro isolados testados. Coletivamente, podemos concluir que a vCv apresentou um efeito antimalárico em cepas de P. falciparum e pode ser especialmente útil quando usada em combinação com artesunato no tratamento de camundongos infectados com cepas resistentes. Finalmente, ensaios adicionais de amadurecimento com isolados de P. vivax necessitam ser conduzidos para a comprovação do efeito da vCv nesta espécie (AU)

Processo FAPESP: 12/01892-0 - Avaliação ex-vivo dos efeitos antimaláricos da violaceína em isolados Amazônicos de Plasmodium vivax e P. falciparum e análise da sua atividade em camundongos infectados com cepas de P. chabaudi resistentes a antimaláricos
Beneficiário:Isabel Cristina Naranjo Prado
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado