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Efeitos da ciclagem mecânica, técnica de confecção e diferentes cerâmicas sobre a adaptação marginal e resistência à fratura de próteses implantossuportadas

Texto completo
Autor(es):
João Pedro Justino de Oliveira Limírio
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Araçatuba. 2020-12-14.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Odontologia. Araçatuba
Data de defesa:
Orientador: Eduardo Piza Pellizzer; Maria Cristina Rosifini Alves Rezende
Resumo

O objetivo desse estudo in vitro foi avaliar por meio da metodologia de ciclagem mecânica a adaptação marginal (vertical/horizontal) e resistência à fratura, verificando a decorrência e possíveis complicações protéticas de próteses parafusadas implantossuportadas (hexágono externo) confeccionadas por diferentes técnicas e materiais cerâmicos. Foram confeccionados 50 corpos de prova, pela técnica convencional e Computer aided design and Computer aided manufacturing (CAD-CAM) divididos em cinco grupos (n=10 por grupo) sendo MC (Metalocerâmica); ZrL (Coping fresado em zircônia com link mais aplicação de cerâmica feldspática); Zr (Coping fresado em zircônia mais aplicação de cerâmica feldspática); MZrL (Monolítica de zircônia com link); MZr (Monolítica de zircônia), os quais foram submetidos à ciclagem mecânica em uma angulação de 30°, a 37°C e submetidos a 5 x 10⁶ ciclos com aplicação de carga de 150N a uma frequência de 2,0Hz. No capítulo 1 foram avaliados à adaptação marginal vertical e horizontal (µm) antes e após ciclagem mecânica em Microscópio Óptico Tridimensional (3D) e no capítulo 2 os padrões de falhas das cerâmicas em Estereomicroscópio e Microscópio eletrônico de varredura (MEV) pós ciclagem mecânica. Os dados quantitativos foram analisados quanto a distribuição de normalidade e adotou-se o teste mais adequado considerando o nível de significância de 0,05. Os resultados obtidos para o capítulo 1 foram que em relação a desadaptação marginal vertical antes da ciclagem mecânica (tempo inicial-T0), houve diferença significativa com maiores valores de desadaptação para MC (93,93±22,84µm) e MZrL (66,12±11,87µm), p<0.05, quando comparados à Zr (49,92±3µm) e MZr (49,76±3,9µm), unindo os grupos com (ZrL+MZrL: 63,04±9,33µm) e sem link (Zr+MZr: 49,84±3,38µm) comparados ao grupo controle (MC) houve diferença significativa entre todos os grupos, p<0.05, com menores valores de desadaptação para o grupo sem link. Em termos de desadaptação marginal horizontal antes da ciclagem mecânica (tempo inicial - To), houve diferença significativa com maiores valores de desadaptação para o grupo MC (-130,275±34,97µm), p<0.05, e menores valores de desadaptação para o grupo MZr (- 10,35±23,14µm), p<0.05, quando comparados aos demais grupos, além disso para o grupo sem link (Zr: -70,27±22,61µ vs MZr: -10,35±23,14µ), houve diferença significativa (p<0.05) com menores valores de desadaptação para MZr. Unindo os grupos com (-75,98±14,17µm) e sem link (-40,31±37,73µm), foi identificada diferença significativa entre todos os grupos quando comparados ao controle (MC: -130,27±34,97µm), (p<0.001), com menores valores para o grupo sem link. Em relação à comparação antes e após ciclagem (Tf-T0), para análise da adaptação marginal vertical, o grupo MC (10,05±5,74µm) foi o que apresentou maiores valores de desadaptação, p<0.05, quando comparado aos demais grupos, já para análise da adaptação marginal horizontal, o grupo Zr (3±13,97µm) apresentou diferença estatística, p<0.05, na comparação com ZrL (-4,48±13,59µm) e MZrL (-2,825±11,81µm), unindo os grupos com (- 3,65±12,72µm) e sem link (0,35±10,99µm), houve menores valores de desadaptação para o grupo sem link, p<0.05. Para o capítulo 2, um total de 14 amostras falharam (lascamento/fratura de cerâmica). Os grupos MZrL e MZr apresentaram significativamente menor associação de falhas, com apenas uma falha (MZr) (p=0.035), assim como em relação ao tipo de substrato, os grupos MZrL e MZr apresentaram menos falhas (p=0,011). O uso de links e o número de ciclos não indicaram diferenças significativas entre os grupos (p≥0,05). Para área da falha, houve diferença significativa para o grupo Zr (15,55m²), p=0,029, apresentando maior extensão de área quando comparado aos demais. Em relação ao local da falha o grupo MC apresentou uma maior quantidade de falhas, com 5 falhas na região de orifício do parafuso quando comparado aos demais (p=0,043), os quais apresentaram falhas em diferentes locais. Portanto, o uso da tecnologia CAD/CAM foi o que resultou em menores valores de desadaptação marginal vertical e horizontal, assim como para resistência à fratura com destaque para as coroas monolíticas de zircônia. (AU)

Processo FAPESP: 18/13677-2 - Análises biomecânicas de próteses unitárias, sobre implantes de hexágono externo, confeccionadas por meio de diferentes técnicas e materiais cerâmicos
Beneficiário:João Pedro Justino de Oliveira Limirio
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado