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Participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae no infarto agudo do miocárdio

Texto completo
Autor(es):
Lídio Gonçalves Lima Neto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Conjunto das Químicas (IQ e FCF) (CQ/DBDCQ)
Data de defesa:
Membros da banca:
Mario Hiroyuki Hirata; Sandro Rogerio de Almeida; Dikran Armaganijan; Jorge Timenetsky; Ari Timerman
Orientador: Mario Hiroyuki Hirata
Resumo

Os agentes infecciosos têm sido considerados iniciadores da desestabilização da placa de ateroma. Este mecanismo pode estar relacionado a uma intensificação do processo inflamatório através da interação dos receptores de membrana CD14 e TLR com os microorganismos. Para avaliar esta hipótese, estudou-se a participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae (Cp) e Mycoplasma pneumoniae (Mp) em indivíduos com infarto agudo do miocárdio (IAM). Avaliou-se também, a possível associação entre polimorfismos dos genes CD14, TLR2, TLR4 e TNFA e a expressão dos genes IL6, TLR2, TLR4 e TNFA em leucócitos do sangue periférico, assim como a sua associação com o IAM. Para isso, foi realizado um estudo caso-controle constituído por pacientes com IAM e por indivíduos sem evidência de doença cardiovascular (grupo controle). As imunoglobulinas IgM e IgG séricas anti-Cp foram detectadas por imunofluorescência indireta. O DNA dos agentes infecciosos foi detectado no sangue periférico pela PCR em tempo real. A genotipagem dos polimorfismos TNFA -308G>A, IL6 -174G>C, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299Gli e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln e a quantificação relativa da expressão gênica nas células sanguíneas foram analisados pela PCR em tempo real. A porcentagem de positividade para DNA de Cp foi de 18,0% e 8,1% nos grupos IAM e controle (p=0,071), respectivamente, (p=0,071). Foram positivos para DNA de Mp, 5,0% e 11,2% dos indivíduos nos grupos IAM e controle, respectivamente (p=0,318). Sete indivíduos (7,1%) do grupo IAM tiveram títulos anti-Cp IgG positivos (1:512) e 3,9% dos indivíduos do grupo controle (p=0,718). A expressão do TLR4 foi significantemente menor no grupo IAM (0,00113±0,00102) comparado ao grupo controle (0,00144±0,000806; p=0,003). As frequências genotípicas e alelicas dos polimorfismos TNFA -308G>A, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299GIi e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln foram similares entre os grupos estudados (p>0,05) sugerindo que esses polimorfismos não estão associados com IAM nesta amostra populacional. No grupo IAM, houve associação entre o genótipo -260CT+TI CD14 com títulos IgG anti-Cp detectados na diluição 1:16 (p=0,042). Da mesma forma, o alelo A do polimorfismo -308G>A TNF-α foi associado com títulos positivos de IgG anti-Cp na diluição 1:512 (p=0,0058). No grupo IAM, pacientes positivos para DNA de Cp tiveram maiores concentrações de fibrinogênio do que pacientes negativos para este agente infeccioso (541,8±161,5mg/dL e 450,5±196,8mg/dL, respectivamente; p=0.043). Os agentes infecciosos Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae não foram significantemente mais frequentes em indivíduos que tiveram infarto agudo do miocárdio em relação ao grupo controle, porém houve uma associação, no grupo IAM, entre positividade para DNA de C. pneumoniae e concentrações mais elevadas de fibrinogênio. (AU)

Processo FAPESP: 08/01419-7 - Participação da Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae no Infarto agudo do miocárdio: possíveis mecanismos via CD14 e TLRs.
Beneficiário:Lidio Gonçalves Lima Neto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado