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Análise morfométrica das crateras de impacto de Plutão

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Autor(es):
Caio Vidaurre Nassif Villaça
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Alvaro Penteado Crósta; Débora Correia Rios; Emilson Pereira Leite
Orientador: Alvaro Penteado Crósta; Carlos Henrique Grohmann de Carvalho
Resumo

Os dados referentes à morfometria de crateras de impacto são fundamentais para o entendimento da evolução do Sistema Solar e dos corpos que o compõem. Em julho de 2015, a sonda New Horizons imageou aproximadamente 35% da superfície de Plutão. Desde então, alguns estudos preliminares referentes à morfometria das suas crateras de impacto foram realizados, sendo que o tema necessita ainda ser mais aprofundado. O escopo deste trabalho é realizar uma análise detalhada da morfometria das crateras de impacto de Plutão, utilizando imagens da missão New Horizons cujas resoluções variam entre 80 e 400 m/px. Foi utilizado um MDE (Modelo Digital de Elevação) global de Plutão com resolução de 300 m/px, criado a partir de pares estereoscópicos, para extrair os dados morfométricos das estruturas de impacto. A superfície de Plutão foi dividida em cinco regiões de acordo com as características morfométricas das crateras, a fim de analisar possíveis diferenças na dinâmica de impacto e taxa de erosão em cada região. Para isso, foram obtidos dados referentes a profundidade das crateras, diâmetro, inclinação da parede interna, desvio padrão da profundidade, diâmetro da base da cratera e espessura das paredes. Com a análise dos dados, concluímos que as crateras de um mesmo diâmetro localizadas acima de 30ºN são relativamente mais rasas do que as crateras equatoriais. Este fenômeno pode estar relacionado à maior presença de voláteis próximo ao polo norte. Com isso, propomos duas hipóteses: 1) A presença de voláteis pode afetar a formação das crateras ao tornar a superfície impactada mais fraca e suscetível a maiores modificações (e.g. deslizamento de massa e colapso das paredes) durante o processo de formação, até alcançar o estágio final de estabilização da cratera. 2) A maior concentração de voláteis em determinadas áreas pode afetar a profundidade das crateras por meio de decantação atmosférica, uma vez que esses elementos possuem ciclos de decantação e sublimação que variam segundo as estações do ano de Plutão. O diâmetro de transição entre crateras simples e complexas é distinto para diferentes áreas de estudo. As crateras nas áreas 1 e 4 exibem um diâmetro de transição (Dt) de aproximadamente 10 km, enquanto o Dt para as crateras nas áreas 3 e 5 ocorre em aproximadamente 15 km. Essa diferença do Dt em diferentes regiões pode estar relacionado a diferentes proporções entre rocha e gelo na superfície do planeta anão (AU)

Processo FAPESP: 18/22724-4 - Análise morfométrica das crateras de impacto de Plutão
Beneficiário:Caio Vidaurre Nassif Villaça
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado