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Efeitos dos níveis de MMP-2 e TIMP-2 e dos polimorfismos da MMP-2-1575 G/A; -1306 C/T e -735 C/T na hipertensão resistente

Texto completo
Autor(es):
Andrea Rodrigues Sabbatini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Heitor Moreno Junior; Riccardo Lacchini; Gabriel Forato Anhê; Maria de Fátima Sonati; Maria Claudia Costa Irigoyen
Orientador: Heitor Moreno Junior
Resumo

Introdução: A falta de controle da pressão arterial (PA) (? 140/90 mmHg) - mesmo com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes - define o grupo de hipertensos resistentes (HAR), um grupo com alto risco cardiovascular (CV) e alta incidência de lesões de órgãos-alvo (LOA). Estudos sugerem o envolvimento da metaloproteinase 2 (MMP-2) na hipertensão e no remodelamento CV associado a LOA. A hipertensão é uma condição multifatorial na qual fatores genéticos podem ter uma grande contribuição para o desenvolvimento da doença. Single nucleotide polymorphisms (SNPs) da MMP-2 foram associados a alterações cardiovasculares, contudo poucos estudos avaliaram o impacto dos polimorfismos da MMP-2 em condições clínicas e sua influência na HAR. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de MMP-2 e de seu inibidor TIMP-2 (tissue inhibitor of metalloproteinase-2) nos grupos de pacientes hipertensos leve-moderados (LM) e pacientes hipertensos resistentes (HAR), assim como analisar a associação das MMP-2 e TIMP-2 com lesões de órgão alvo como rigidez arterial e hipertrofia cardíaca. Também avaliamos a frequência dos SNPs da MMP-2 (-1575G/A, rs243866; -1306C/T, rs243865; e -735C/T, rs2285053) nesses grupos e analisamos a associação destes três polimorfismos no grupo com HAR. Por fim, identificamos quais polimorfismos da MMP-2 podem estar relacionados à rigidez arterial e à hipertrofia cardíaca na população com HAR. Métodos: Cento e dezenove pacientes HAR e cento e trinta e seis hipertensos LM foram incluídos e submetidos a análises clínicas e laboratoriais. Os genótipos foram determinados por meio do teste de discriminação alélica utilizando técnica de real time polymerase chain reaction (RT-PCR). Características clínicas e laboratoriais foram comparadas de acordo com os genótipos / haplótipos dos SNPs (rs243865, rs243866 e rs2285053). As lesões de ógão-alvo cardíaca e vascular foram categorizadas respectivamente pelo Índice de Massa Ventricular Esquerda (IMVE) (mulheres>95g/m2 e os homens>115g/m2) e rigidez arterial (VOP>10m/s). Resultados: Não foram observadas diferenças estatísticas nos níveis de MMP-2 entre os grupos NT, LM e HAR. Por outro lado, níveis aumentados de TIMP-2 foram detectados no grupo HAR quando comparados com os grupos LM e NT (90,0 (76,1-107,3) vs. 70,1 (57,7-88,3) vs. 54,7 (40,9-58,1) ng/ml, p <0,01) , respectivamente. Além disso, a razão MMP-2 /TIMP-2 mostrou-se diminuída no grupo de HAR comparada com LM e NT (2,7 (1,9-3,4) vs. 3,3 (2,6-4,2) vs. 4,9 (4,5-5,3), p <0,01) , respectivamente. Não foram encontradas associações entre rigidez arterial e hipertrofia cardíaca com os níveis de MMP-2 e TIMP-2, nem com a razão MMP-2 / TIMP-2 em ambos os grupos. Por fim, a análise de regressão logística multivariada demonstrou que os níveis de TIMP-2 e a razão MMP-2/TIMP-2 foram independentemente associados com resistência ao tratamento anti-hipertensivo. Em relação aos polimorfismos estudados, não houve diferença entre as frequências alélicas e genotípicas em ambos os grupos, no entanto as frequências haplotípicas dos polimorfismos -1575G/A, rs243866; -1306C/T, rs243865; e -735C/T, rs2285053 respectivamente, foram diferentes entre os grupos (GCC vs GCT vs ATC, p = 0,003). Além disso, não encontramos associação dos SNPs estudados individualmente com hipertrofia cardíaca e rigidez arterial. Por fim, em análise de regressão logística o haplótipo CCG, o genótipo CC e alelo C (ambos referentes ao polimorfismo rs2285053; - 735C/T) foram associados à presença de HAR após ajuste para idade, sexo, raça, IMC, HVE, níveis de aldosterona e presença de diabetes. Por outro lado, o haplótipo GCT foi associado à um risco reduzido para a presença de HAR. Conclusão: Os achados sugerem que TIMP-2 está associada ao fenótipo de HAR e pode ser explorada como um possível biomarcador em HAR. Além disso, nossos achados sugerem que o polimorfismo rs2285053 (-735C/T) no gene da MMP-2 está associado a resistência a terapia antihipertensiva e pode representar um risco adicional para a presença de HAR (AU)

Processo FAPESP: 12/23419-4 - Associação dos polimorfismos genéticos da metaloproteinase 2 da matriz extracelular com rigidez arterial e hipertrofia ventricular esquerda na hipertensão arterial resistente.
Beneficiário:Andréa Rodrigues Sabbatini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado