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Autor(es): |
Pamela Zacharias
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Tese de Doutorado |
Imprenta: | Campinas, SP. |
Instituição: | Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Educação |
Data de defesa: | 2017-02-23 |
Membros da banca: |
Antonio Carlos Rodrigues de Amorim;
Fabiana de Amorim Marcello;
Júlia Scamparini Ferreira;
Davina Marques;
Silvio Donizetti de Oliveira Gallo
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Orientador: | Antonio Carlos Rodrigues de Amorim |
Resumo | |
A presente tese tem como objetivo pensar a obra da cineasta Sofia Coppola a partir dos conceitos sobre cinema desenvolvidos pelo filósofo Gilles Deleuze. As personagens do cinema de Sofia Coppola, em especial as de Encontros e desencontros, Maria Antonieta, e Um lugar qualquer, três filmes analisados nessa tese, possuem similaridades com a personagem-vidente, da qual Deleuze trata ao falar da imagem-tempo, à medida em que rompem com o encadeamento sensório-motor. As personagens desses três longas representam um modelo de sucesso, beleza e consumo na sociedade na qual estão inseridas. No entanto, elas não parecem estar satisfeitas com sua posição, pelo contrário, vivem melancólicas e deslocadas em suas vidas, como se não quisessem preencher o papel ao qual foram designadas. Dessa maneira, o cinema de Sofia Coppola apresenta um questionamento dos modelos propagados por um cinema que reproduz padrões e clichês, corroborando para manutenção de círculos fechados que aprisionam. Suas personagens, ao não se adequarem a esses círculos nem aos esquemas sensório-motores que os mantêm, são atravessadas por encontros intensivos que dão a ver virtualidades, fazendo emergir uma nova imagem que cristaliza sensações. Percorre-se essas sensações no cinema de Sofia Coppola, buscando-se destacar os perceptos e afectos que se cristalizam no intervalo, na quebra do sensório-motor. Quebra promovida por suas personagens, tanto desconectando-se da narrativa orgânica, por meio da perambulação e falta de reação, quanto conectando-se ao todo vital através dos encontros intensivos que vivenciam. Para isso, faz-se uma retomada de alguns pensamentos de Gilles Deleuze sobre cinema e de Henri Bergson, que demonstram como a humanidade cria sociedades fechadas, presas em círculos representacionais, obrigações e hierarquias e como esses círculos mantêm-se através de esquemas sensório-motores. São esses mesmos esquemas que se materializam nas fórmulas do cinema hollywoodiano e funcionam como grandes produtores de clichês. A partir da fabulação de suas personagens é que o cinema, como identifica-se na obra de Sofia Coppola, pode levar à criação e desempenhar um papel político, conforme afirmava Gilles Deleuze, que ajuda a romper com os padrões opressores e dá a ver um povo-por-vir (AU) | |
Processo FAPESP: | 13/11945-6 - (Des)encontros em um lugar qualquer |
Beneficiário: | Pamela Zacharias |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Doutorado |