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A circunferência do pescoço como marcador da resistência à insulina e síndrome metabólica

Texto completo
Autor(es):
Christiane França Camargo Stabe
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Bruno Geloneze Neto; Dennys Esper Cintra; Laura Sterian Ward; Ana Maria Pitta Lotemberg; Sandra Regina Vívolo
Orientador: Bruno Geloneze Neto
Resumo

Contexto: O tecido adiposo subcutâneo da parte superior do corpo, estimado pela circunferência do pescoço (CP), está associado a fatores de risco cardiovascular, assim como a gordura abdominal visceral, normalmente estimada pela circunferência da cintura (CC). Há poucos estudos populacionais epidemiológicos publicados sobre a significância clínica da CP em relação à Síndrome Metabólica (SM) e a resistência à insulina (RI). Objetivos: (1) Investigar a relação da circunferência do pescoço (CP) com a resistência à insulina (RI) e com os componentes da Síndrome Metabólica (SM) em uma amostra com ampla faixa de adiposidade, entre não-diabéticos e diabéticos; e (2) estabelecer pontos de corte para a CP como preditores de SM e RI Delineamento: Estudo transversal. Voluntários: 1.068 adultos brasileiros, sendo 71,8% mulheres, idade entre 18 e 60 anos Metodologia: Voluntários com índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 - 40,0 kg/m2 (IMC médio = 27,3kg/m2), com tolerância normal a glicose (n= 762) ou com diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) (n=306), foram submetidos a avaliação das medidas antropométricas: circunferências da cintura (CC), do quadril (CQ), CP e circunferência da coxa (CCx). A gordura abdominal visceral foi medida por ultrassom. A sensibilidade à insulina (SI) foi medida pelo clamp euglicêmico-hiperinsulinêmico (10% da amostra total; n= 105), e, também, através do cálculo do HOMA-IR, na amostra total. Foram utilizadas análises de correlação, ajustadas para idade e IMC, para avaliar a associação entre as medidas antropométricas e RI e componentes da SM. Foi realizada análise de regressão logística binária para medir a chance de desenvolver RI e SM de acordo com o aumento da CP e CC. Foram utilizadas curvas ROC para determinar valores de pontos de corte específicos para gênero para predição de RI e SM. Resultados: A CP apresentou correlação positiva com a CC. Em ambos os sexos, a CP apresentou correlação positiva com triglicérides, glicemia de jejum, insulinemia de jejum e HOMA-IR, e associação negativa com HDL. A CP e a sensibilidade à insulina medida pelo clamp apresentaram correlação negativa. Houve correlação significante entre gordura visceral e CP. Na análise de regressão binária, o aumento da CP acrescentou em 1,13 vezes a chance de SM somente em mulheres, e acrescentou em média 1,20 vezes a chance de RI em ambos os sexos. Nas curvas ROC, a CP apresentou a área sob a curva (AUC) maior para RI em mulheres (p < 0.001), e AUC significante para SM em ambos os sexos. Foram estabelecidos os seguintes pontos de corte para a CP: entre as mulheres, a CP > 36 cm e entre os homens, a CP > 40 cm, indicou risco para desenvover RI e SM. Conclusões: A CP é uma medida inovadora e alternativa para determinar a distribuição de gordura corporal. É positivamente associada a fatores de risco da SM, RI e gordura visceral. Pontos de corte foram estabelecidos para a predição de SM e RI (AU)

Processo FAPESP: 07/58638-0 - Marcadores tradicionais e nao-tradicionais da sindrome metabolica, resistencia a insulina e sua relacao com medidas antropometricas. brams: brazilian metabolic syndrome study
Beneficiário:Christiane França Camargo Stabe
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado