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Produzir energia, (pro) mover o progresso: o Complexo Hidrelétrico Urubupungá e os caminhos do setor energético

Texto completo
Autor(es):
Andrey Minin Martin
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Assis. 2016-07-07.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Letras. Assis
Data de defesa:
Orientador: Eduardo Romero de Oliveira
Resumo

Objetiva-se neste trabalho analisar o Complexo Hidrelétrico Urubupungá, localizado na região fronteiriça entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, constituído por duas hidrelétricas, a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá) e a Usina Hidrelétrica Ilha Solteira. Planejado e executado entre as décadas de 1950 e meados da década de 1970, este empreendimento consolida-se por meio da criação da Comissão Interestadual da Bacia do Paraná-Uruguai, a CIBPU, projeto de planejamento regional articulado por sete estados nacionais, tendo como influência as experiências norte-americanas do Tennessee Valley Authority, TVA. Com o início das obras, a condução do empreendimento centraliza cada vez mais novos organismos, como as Centrais Elétricas de Urubupungá, CELUSA S/A e a partir de 1966 as Centrais Elétricas de São Paulo, CESP, atualmente denominada Companhia Energética de São Paulo. Tais transformações projetam novos interesses de determinados grupos e espaços com as potencialidades advindas da produção energética, ampliando diretamente a forma de se pensar como a constituição deste complexo atrela-se a determinados projetos políticos, econômicos e sociais para uma vasta região do país. Para tal análise, permeado por um debate teórico-metodológico entre progresso, desenvolvimento, história e memória, ligados a um corpo documental amplo, de documentos de comissões e empresas, periódicos de circulação nacional e aparatos audiovisuais, apresentamos como uma série de narrativas se engendraram na execução e no estabelecimento do empreendimento, articulando seu ideário de progresso e uma nova imagem para região, antes, durante e posteriormente a sua realização. Desta forma, interesses privados, disputas pela legitimidade, pelo poder e, assim, memórias foram gestadas ao longo deste período e marcaram a construção do complexo hidrelétrico até seu término na década de 1970, estabelecendo ligações com marcos de memória do passado e deixando desdobramentos para o futuro. (AU)

Processo FAPESP: 12/16777-1 - Pela legitimidade do progresso: práticas, memórias e discursos na construção hidrelétrica no Alto Paraná
Beneficiário:Andrey Minin Martin
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado