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Enquanto isso, em São Paulo...: à l'époque do Cinema Novo, um cinema paulista no entre-lugar

Texto completo
Autor(es):
Caroline Gomes Leme
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcelo Siqueira Ridenti; Arthur Autran Franco de Sá Neto; Mariana Miggiolaro Chaguri; Marilia da Silva Franco; Paulo Roberto Arruda de Menezes
Orientador: Marcelo Siqueira Ridenti
Resumo

O objeto desta tese são as trajetórias e as obras de um conjunto de cineastas "paulistas" que, segundo nossa hipótese central, estiveram situados ao longo das décadas de 1960 e 1970 num "entre-lugar", tendo, de um lado, o Cinema Novo como principal referência estético-cultural e grupo dominante da época e, de outro, as condições de produção cinematográfica que se apresentavam em São Paulo, onde se destacava como polo produtor a chamada Boca do Lixo, lócus de produção eminentemente comercial. Roberto Santos (1928-1987), Luiz Sérgio Person (1936-1976), Maurice Capovilla (1936- ), Sérgio Muniz (1935- ), João Batista de Andrade (1939- ), Francisco Ramalho Jr. (1940- ) e Renato Tapajós (1943- ) formam esse conjunto de cineastas. Entre o "cinema de autor" e a inserção mais direta na dinâmica da indústria cultural (não só na proximidade com a Boca do Lixo, mas também nos trabalhos para a publicidade e a televisão), suas trajetórias são irregulares e não encontram lugar determinado na história do cinema brasileiro. Como desdobramento da hipótese central, sugerimos que as condições do "entre-lugar" somadas ao fato de se situarem na metrópole paulistana renderam a esses cineastas perspectivas diferentes daquelas de seus contemporâneos, destacando-se em sua filmografia uma vertente singular de abordagem das contradições da modernidade urbana capitalista, em que se colocam em tela questões como o trabalho alienado, a indústria cultural e a reificação das relações sociais. Tomando como referencial teórico basilar as proposições de Raymond Williams (1977, 2000, 2011a), a tese não pressupôs dicotomia entre abordagens "externalistas" e "internalistas" das produções culturais, entendendo que estas são parte de um processo social a ser deslindado na inter-relação entre seus elementos. Desse modo, as trajetórias dos cineastas são consideradas em relação umas às outras, ao meio cinematográfico e ao contexto sócio-histórico, assim como são analisadas as obras fílmicas por eles produzidas, examinando-se os significados que elas trazem em sua construção audiovisual (AU)

Processo FAPESP: 12/05268-9 - Enquanto isso, em São Paulo...: à l´époque do Cinema Novo, um cinema paulista no "entre-lugar"
Beneficiário:Caroline Gomes Leme
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado