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Validade da versão brasileira da avaliação do brincar de faz de conta iniciado pela criança (ChIPPA) - para crianças de três anos de idade

Texto completo
Autor(es):
Renata Valdivia Lucisano
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luzia Iara Pfeifer; Thais Cristina Chaves; Rosa Maria de Araujo Mitre
Orientador: Luzia Iara Pfeifer
Resumo

O brincar de faz de conta pode promover o desenvolvimento cognitivo e competência, assim como, a autorregulação e a capacidade de tomar iniciativa. É uma habilidade cognitiva a qual pode ser identificada por três importantes ações durante o brincar que são: a utilização de um objeto no lugar de outro, a utilização e atribuição de alguma propriedade, ou a referência a algum objeto/ação que está ausente. Alterações no brincar de faz de conta podem levar a problemas de aprendizagem, restrições na participação social e na interação com pares, portanto, torna-se importante a avaliação desta habilidade para se verificar atrasos de desenvolvimento infantil e possibilitar intervenções antes da idade escolar prevenindo déficits de aprendizagem. Sabe-se, entretanto, que no caso de um instrumento elaborado em outra cultura, não basta uma simples tradução para outra língua para ser utilizado em outro país, já que diferenças de hábitos e costumes podem desencadear uma desvantagem cultural nos resultados da avaliação. Diante disto o presente estudo tem como objetivo verificar a validade da versão do ChIPPA, adaptada transculturalmente para o Brasil, em crianças brasileiras com três anos de idade e organizar o escore normativo para tal população. Participaram desta pesquisa 200 crianças, de ambos os sexos. As propriedades psicométricas do instrumento foram verificadas por meio de análises estatísticas referentes à reprodutibilidade (testereteste), confiabilidade intra e interobservador e validade do constructo. O ChIPPA apresenta escores normativos divididos nos seguintes domínios: PEPA convencional (36 a 41 meses); PEPA Convencional (42 a 47 meses gênero masculino); PEPA Convencional (42 a 47 meses gênero feminino); PEPA Simbólico (36 a 41 meses gênero masculino); PEPA Simbólico (36 a 41 meses gênero feminino); PEPA Simbólico (42 a 47 meses); PEPA Combinado (36 a 41 meses); PEPA Combinado (42 a 47 meses gênero masculino); PEPA Combinado (42 a 47 meses gênero feminino); NOS Simbólico e NOS Combinado. Além disso, apresenta o escore do NOS Convencional e os escores do NIA Convencional, Simbólico e Combinado. A confiabilidade intra e interobservador foi considerada de satisfatória a excelente em quase todos os atributos avaliados, exceto no atributo NIA Convencional na confiabilidade interobservador. A confiabilidade teste-reteste foi considerada uma confiabilidade pobre em todos os atributos mensurados, de acordo com o Kappa e ICC. Somente no teste de Wilcoxon, a maioria resultou na igualdade dos conjuntos teste-reteste, exceto os relativos ao atributo NOS e PEPA simbólico. Apesar dessa limitação, conclui-se que o ChIPPA é considerado válido, confiável e adequado para ser aplicado na população alvo de crianças brasileiras de 3 anos de idade. (AU)

Processo FAPESP: 13/15207-0 - Validade da versão brasileira da avaliação do brincar de faz de conta iniciado pela criança (ChIPPA): para crianças de três anos de idade
Beneficiário:Renata Valdívia Lucisano
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado