Busca avançada
Ano de início
Entree


Índice HOMA-Adiponectina como marcador substitutivo de resistência à insulina: Estudo Brasileiro de Síndrome Metabólica (BRAMS)

Texto completo
Autor(es):
Brunna Sullara Vilela Rodrigues
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Bruno Geloneze Neto; Patrícia Feliciano Pereira; Marcelo Miranda de Oliveira Lima
Orientador: Ana Carolina Junqueira Vasques; Bruno Geloneze Neto
Resumo

Introdução: As principais consequências da obesidade estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento da resistência à insulina (RI), especialmente a síndrome metabólica (SM) caracterizada como um conjunto de fatores de risco cardiovascular em um mesmo indivíduo. O índice HOMA-AD foi proposto recentemente como um método substitutivo de avaliação da resistência à insulina. Este método é uma modificação do índice HOMA-IR que acrescenta a informação de adiponectina sérica ao seu denominador. Até o momento, nenhum outro estudo propôs pontos de corte para HOMA-AD. Objetivos: O objetivo do presente estudo é avaliar o desempenho do índice HOMA-AD comparado ao HOMA-IR como marcador substitutivo de RI frente ao clamp hiperglicêmico em adultos e estabelecer ponto de corte para o índice HOMA-AD. Métodos: O Estudo Brasileiro de Síndrome Metabólica (BRAMS) é um estudo transversal, multicêntrico. Os dados de 1808 indivíduos preencheram os seguintes critérios: idade entre 18 e 65 anos, índice de massa corporal entre 18,5 e 49,9 kg/m² e não diabéticos. A resistência à insulina foi avaliada pelos índices substitutivos HOMA-IR e HOMA-AD (amostra total) e pelo clamp hiperglicêmico em uma subamostra de mulheres (n = 49). A síndrome metabólica foi definida segundo os critérios da International Diabetes Federation (2005). Resultados: Para a RI avaliada pelo clamp hiperglicêmico em mulheres, o HOMA-AD apresentou coeficiente de correlação moderado (r = -0.64) em comparação com o HOMA-IR (r = -0.56); p < 0.0001. O índice HOMA-AD apresentou melhor correlação com a maioria das variáveis clínicas, metabólicas e antropométricas, comparado ao HOMA-IR para o sexo feminino, o que não ocorreu com homens. Nas análises ROC, em comparação com o HOMA-IR, o HOMA-AD mostrou maiores valores de AUC para mulheres na identificação de IR com base no teste de clamp (AUC: 0,844 vs AUC: 0,804) e síndrome metabólica (AUC: 0,703 vs AUC: 0,689), respectivamente; p <0,001 para todos. No entanto, a comparação pareada não sugerem superioridade para o HOMA-AD tanto na comparação com o HOMA-IR no diagnóstico de RI durante o clamp (p = 0,307) como na síndrome metabólica (p = 0,339). Contudo, a AUC para HOMA-AD não mostrou superioridade comparado ao HOMA-IR em homens (AUC: 0,710 vs. AUC: 0,756), respectivamente. O ponto de corte identificado para o HOMA-AD para o diagnóstico de RI foi de 0,51 [sensibilidade (95% CI) = 70,0 (63,5-75,9); especificidade (95% CI) = 60,3 (56,8-63,6)] para mulheres e de 0,92 [sensibilidade (95% CI) = 77,5 (66,8 - 86,1); especificidade (95% CI) = 54,2 (44,8 - 63,3)] para homens. Conclusões: O HOMA-AD demonstrou ser um marcador substitutivo útil para a detecção de RI. Em homens, o índice não demonstrou superioridade quando comparado ao HOMA-IR. No entanto, o índice HOMA-AD apresentou um desempenho semelhante ao do HOMA-IR entre as mulheres adultas. Finalmente, os níveis de adiponectina não agregam acurácia ao índice HOMA-IR quando adicionado ao seu denominador (AU)

Processo FAPESP: 13/06195-8 - Validação do índice HOMA-AD como marcador substitutivo de resistência à insulina - Estudo Brasileiro de Síndrome Metabólica (BRAMS)
Beneficiário:Brunna Sullara Vilela Rodrigues
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado