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Acidose ruminal subaguda em ovinos Santa Inês: estudo clínico, laboratorial e avaliação da laminite por termografia infravermelha e radiologia digital

Texto completo
Autor(es):
Annita Morais Girardi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Jaboticabal. 2016-02-17.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Jaboticabal
Data de defesa:
Orientador: Luiz Carlos Marques
Resumo

Este estudo avaliou o uso da termografia infravermelha e do exame radiológico digital como ferramentas de diagnóstico precoce da laminite em ovinos com acidose ruminal subaguda induzida experimentalmente e os efeitos da ingestão prolongada de alta proporção de alimento concentrado sobre as variáveis clínicas e laboratoriais. Foram utilizadas sete ovelhas adultas, com cânulas ruminais permanentes, que não tiveram prévio contato com alimento concentrado. Para a indução da acidose ruminal, incluiu-se ao volumoso, diariamente, 10% de alimento concentrado até atingir 80%, porcentagem mantida até completarem 19 semanas. A observação dos sinais de diarreia deu-se do quarto ao 22º dia e de laminite do quinto ao 24º dia. O fluido ruminal foi predominantemente líquido, de odor ácido e coloração amarelada. Observou-se elevação inicial nos valores da frequência cardíaca, tempo de sedimentação e flotação no fluido ruminal, plaquetas, neutrófilos segmentados, AST, FA, GGT, cálcio ionizado, magnésio, glicose, ureia, triglicérides e bilirrubinas indireta e total. No início do experimento, notou-se redução da frequência respiratória, linfocitopenia, monocitopenia, hipocalcemia, hipofosfatemia, hiponatremia, hipoproteinemia e hipocolesterolemia. A frequência de movimentos ruminais, o tempo de redução do azul de metileno, os níveis sanguíneos de creatinina, bilirrubina direta, lactato e CK foram reduzidos, enquanto as médias de temperatura, peso e escore corporal, eosinófilos, albumina, cloretos e potássio no sangue aumentaram durante todo o período de observação. Redução do pH ruminal ocorreu nos primeiros dias, a despeito de sua manutenção acima de 5,5 durante as 19 semanas de observação. Mecanismos compensatórios respiratórios e metabólicos, principalmente a acidificação da urina, mantiveram o pH sanguíneo dentro dos limites fisiológicos considerados para a espécie ovina. Dezesseis frações proteicas séricas foram separadas pela eletroforese, dentre elas oito proteínas identificadas pelos seus pesos moleculares, de funções desconhecidas. A maioria das proteínas de fase aguda e as imunoglobulinas identificadas no fracionamento eletroforético variaram durante o período de observação, sugerindo reação inflamatória. Nenhuma alteração macroscópica foi detectada à necropsia. A radiologia digital não permitiu a identificação de alterações podais decorrentes de laminite durante o período de avaliação. A termografia infravermelha detectou aumentos na temperatura da parede do casco mesmo sem a manifestação clínica de dor, indicando que esta técnica pode ser uma ferramenta útil para detectar laminite em ovinos numa fase precoce de evolução da doença. (AU)

Processo FAPESP: 12/09111-7 - Estudo da laminite em ovinos com acidose láctica rumenal induzida experimentalmente
Beneficiário:Annita Morais Girardi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado