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Corticosteróides como indutores da ovulação em Astyanax altiparanae (Characiformes: Characidae) durante a reprodução artificial

Texto completo
Autor(es):
Walquiria da Silva Pedra Parreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata Guimarães Moreira Whitton; Rafael Yutaka Kuradomi
Orientador: Renata Guimarães Moreira Whitton
Resumo

O estresse pode ser definido como uma condição na qual o equilíbrio dinâmico do corpo é perturbado e muitos estudos têm demonstrado a ação de alguns corticosteroides modulando situações de stress, tal como a reprodução. No entanto, o papel dos corticosteroides na reprodução de peixes pode ser positivo ou deletério, dependendo de muitas variáveis. No gênero Astyanax, o mesmo estímulo de estresse pode induzir com sucesso a reprodução em A. altiparanae, mas não em outras espécies do mesmo gênero. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar os níveis de cortisol e progestágenos no plasma e a expressão dos receptores destes esteroides nos ovários de A. altiparanae, espécie de teleósteo que consegue se reproduzir com sucesso usando o aumento da densidade e variação no nível da água como um estímulo. Três grupos experimentais foram considerados: Estresse (alta densidade de estocagem e intenso fluxo de água); Gonadotropina Coriônica Humana (hCG, um controle positivo); e Salina (grupo controle). As fêmeas foram amostradas em três diferentes momentos do experimento de reprodução artificial, inicial, intermediário e na desova. Índices de desempenho de desova como, taxa de fertilização, Índice Gonadossomático (IGS), bem como a análise histológica dos ovários foram considerados. Os níveis de 17α-hydroxiprogesterone (17 OHP) e cortisol (CORT) foram medidos em amostras de plasma por ELISA. Além disso, a expressão de genes de receptores de CORT (CR) e 17 OHP (PR) foram analisadas nos ovários por qPCR. Fêmeas dos grupos Estresse e hCG desovaram um volume maior de ovos quando comparadas às fêmeas do grupo Salina (controle). As fêmeas do grupo Estresse apresentaram também uma redução nos valores do IGS e na massa dos ovários no momento da desova, e muitos folículos pós - ovulatórios estavam presentes nos ovários após a desova. Na amostragem do período intermediário, os níveis plasmáticos de CORT aumentaram nas fêmeas do grupo de Estresse, mas não nos grupos de hCG e Salina. A concentração de 17OHP não se alterou durante o experimento ou entre os grupos. O PR foi mais expresso em fêmeas do grupo hCG ao longo do experimento, e a expressão do CR não se alterou. Sugerimos um possível papel de CORT como um agente indutor na ovulação e / ou de desova de A. altiparanae. No entanto, CR e PR não parecem ser os candidatos para desencadear a ovulação, de modo que a relação entre receptores derivados PR (17,20DHP) devem ser mais profundamente estudados, bem como a efetiva ação de CORT e diferentes progestágenos na reprodução de A. altiparanae (AU)

Processo FAPESP: 12/17289-0 - Perfil de esteróides sexuais e sua relação com os níveis de cortisol em fêmeas de Astyanax bimaculatus e Astyanax fasciatus (Characiformes: Characidae) durante a reprodução induzida em cativeiro
Beneficiário:Walquiria da Silva Pedra Parreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado