Embolização arterial nos traumatismos da bacia

Resumo

Os traumatismos pélvicos são dominados pelas lesões ósseas da bacia. As fraturas instáveis resultantes de forcas mais intensas são específicas de uma população jovem masculina. A mortalidade geral nas fraturas hemorrágicas da bacia varia entre 30% e 50%. A hemorragia pode traduzir-se como um hematoma sub ou retroperitoneal, hemoperitônio decorrente da ruptura da barreira peritoneal, ou em casos de lesões associadas intra-peritoneais, sangramento externo devido a uma fratura exposta ou choque hipovolêmico agudo. Normalmente 7-11% dos pacientes com fraturas da bacia necessitam de tratamento endovascular. A embolização suprime, de forma temporária ou definitiva, a circulação na artéria interessada, sendo um método eficaz na oclusão de artérias de médio calibre. São estudados pacientes com fraturas hemorrágicas da bacia encaminhados ao Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital das Clínicas FMUSP. Retrospectivamente 40 pacientes tratados no Setor de Radiologia Vascular e Intervencionista do Hospital Saint Roch do Centro Hospitalar Universitário de Nice (França) no período de maio de 1999 a dezembro de 2003 e prospectivamente aqueles que surgirem até dezembro de 2005. Os resultados serão avaliados com relação à identificação dos pacientes que necessitam de embolização arterial, tempo transcorrido até a realização do tratamento endovascular, parâmetros hemodinâmicos antes e após a embolização e identificar os materiais embolizantes mais empregados no tratamento. (AU)