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Aids: a doenca que une. um estudo comparativo entre as pecas teatrais "zona contaminada", de caio fernando abreu, e "a mancha roxa", de plinio marcos.

Processo: 08/50613-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de maio de 2008
Vigência (Término): 31 de outubro de 2009
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Comparada
Pesquisador responsável:Gilberto Figueiredo Martins
Beneficiário:Lucas de Sousa Serafim
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):Representações sociais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aids E Literatura | Caio Fernando Abreu | Dramaturgia Brasileira | Literatura Comparada | Plinio Marcos | Representacoes Sociais

Resumo

Este projeto de pesquisa tem como objetivo principal reconhecer e analisar as representações da AIDS em textos teatrais dos escritores brasileiros Caio Fernando Abreu (1948-1996) e Plínio Marcos (1935-1999), bem como identificar a maneira com que estes textos contribuem para a configuração de um discurso ficcional sobre a síndrome. Analisando a obra completa de Caio Fernando Abreu, a teatral em particular, e mais especificamente a peça Zona Contaminada (1997), é possível perceber que a palavra "AIDS" é raramente escrita, embora as referências à doença sejam múltiplas, ou seja, a síndrome, apesar de não-nomeada, é representada de forma bem pormenorizada. Na peça teatral de Plínio Marcos, A Mancha Roxa, o nome da síndrome em nenhum momento é pronunciado, mas é substituído pela expressão metonímica "mancha roxa", um de seus sintomas físicos mais visíveis. Em ambas as peças estão presentes as representações da AIDS, mas nunca seu nome é dito explicitamente. Aliás, na grande maioria das obras literárias brasileiras, parece existir mesmo uma lei sobre a temática da AIDS: "uma doença cujo nome não se pronuncia". As maneiras pelas quais a doença é representada deixam subentendidos os seus processos de desenvolvimento (a infecção pelo vírus H1V, seus principais sintomas, a morte decorrente da AIDS), os estigmas que passam a marcar os portadores (e as metáforas utilizadas socialmente para caracterizá-los), e suas construções discursivas (representações que contribuem para o entendimento da AIDS como doença). Caio Fernando tem a AIDS como motivo recorrente em sua obra, já que, porter sido portador, pôde expor tanto a realidade de intérprete como a de sujeito vitimado pela síndrome. Portanto, seu discurso é formulado do ponto de vista "de dentro". O dramaturgo Plínio Marcos, na maioria das suas obras, retratou a sexualidade e seus conflitos, com ênfase para a homossexualidade e a prostituição. Destacam-se em suas peças os diálogos dinâmicos e ágeis, quase sempre mesclando os registros trágico e grotesco. Deste modo, ambos os textos sugerem reflexões sobre a AIDS e as experiências vivenciadas pelas pessoas ligadas à síndrome. (AU)

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