Indução rápida e lenta de deficiência hídrica em soja e feijão caupí: existem diferentes comportamentos do aparato fotossintético?

Resumo

A deficiência hídrica é um dos principais fatores limitantes da produção agrícola mundial, afetando diversos processos fisiológicos nas plantas. Esse projeto tem como objetivo avaliar processos de respostas do aparato fotossintético à imposição da deficiência hídrica a diferentes taxas de redução do potencial de água foliar em duas espécies com diferentes níveis de tolerância à seca. O experimento será conduzido com feijão caupí (Vigna unguiculata), de alta tolerância a seca, e soja (Glycine max (L.)) cultivar CD202, com tolerância moderada ao déficit hídrico. As plantas serão submetidas à deficiência hídrica partir do estágio de desenvolvimento V4 (quarto trifólio totalmente expandido). Serão realizados dois tipos de indução de deficiência hídrica, uma indução rápida, onde folhas destacadas serão desidratados por exposição a atmosfera em condições de laboratório, e a indução lenta, com a suspensão da irrigação em plantas envasadas cultivadas em condições de casa de vegetação. Os parâmetros de trocas gasosas analisados serão: assimilação líquida de CO2 (A), condutância estomática (gs), transpiração (E), e concentração intercelular de CO2 (Ci). A partir desses dados será calculada a eficiência intrínseca do uso da água (EIUA = A/gs) e a eficiência instantânea de carboxilação (EIC = A/Ci), em diferentes períodos ao longo do processo de exposição ao déficit hídrico, diariamente na indução lenta, e a cada 10 minutos na indução rápida, até obtenção de valores constantes de respiração e condutância estomática. Simultaneamente será analisada a eficiência fotoquímica da fotossíntese por meio de medidas de fluorescência da clorofila a.