Endotoxemia experimental em equinos: avaliacao da atividade da interleucina-6 (il-6) no soro e liquido peritoneal pelo metodo de elisa, antes e apos a infusao continua de licocaina.

Resumo

A endotoxemia é a maior causa de mortalidade em equinos. As endotoxinas estão implicadas na patogenia de várias doenças em eqüinos, incluindo laminite, choque séptico, cólica, peritonite, pleurite, metrita, pneumonia e isquemia intestinal causada por vólvulo ou encarceramento intestinal. Os anestésicos locais amídicos possuem propriedades anti-inflamatórias e anti-endotoxêmicas, bloqueando respostas funcionais dos granulócitos polimorfonucleares, envolvendo o antagonismo da ação das prostaglandinas na área inflamada, a inibição da migração e do metabolismo de leucócitos, e ainda, a inibição da liberação de enzimas lisossomais dos neutrófilos. Em um modelo de endotoxemia em coelhos, a lidocaína teve um efeito inibitório profundo nas respostas hemodinâmica e a citocinas, inclusive sobre a IL-6, quando foi administrada imediatamente após à endotoxina. Embora os mecanismos exatos responsáveis por estes efeitos inibitórios ainda necessitem de investigação, os autores concluem que seus resultados demonstraram a utilidade potencial da lidocaína como agente antiinflamatório na endotoxemia. A despeito da caracterização extensiva da atividade sérica das citocinas durante a endotoxemia, muito pouco se sabe sobre a dinâmica de sua concentração tecidual local e no líquido peritoneal. Objetiva-se avaliar a produção de interlucina-6 (IL-6) no soro e no líquido peritoneal de equinos durante a endotoxemia induzida experimentalmente, tratados pela infusão da lidocaína. (AU)