Efeitos da medicação pré-anestésica com acepromazina associada à nalbufina, morfina ou butorfanol na dose de indução anestésica do propofol e avaliação cardiopulmonar em cães

Resumo

As práticas anestésicas utilizando medicações pré-anestésicas visam principalmente minimizar alguns dos efeitos deletérios que os agentes anestésicos empregados podem apresentar, bem como reduzir o requerimento de tais agentes durante os procedimentos. Além disso, ainda pode-se obter a supressão da dor, tranquilização do animal e induções e recuperações anestésicas mais suaves.Protocolos anestésicos utilizando-se o propofol são muito utilizados pois o fármaco permite indução e recuperação anestésicas de maneira rápida e tranquila, principalmente quando associado à medicação pré-anestésica, sem apresentar efeito cumulativo podendo ser aplicado repetidamente.Nesse sentido, sabe-se que a morfina é um opióide com grande potência analgésica, utilizada para controlar dores severas. Entretanto, apresenta efeitos colaterais mais intensos, como depressão respiratória e vômito. Já a nalbufina é um opióide agonista-antagonista que, assim como o butorfanol, apresenta efeito teto, e efeitos adversos como depressão respiratória, porém menor do que opióides agonistas, podendo ser utilizados na reversão dos efeitos indesejáveis destes. Porém, sabe-se que quando se associa um opióide a um tranquilizante, como a acepromazina, há sedação eficaz e segura.Entretanto são poucos os trabalhos que avaliaram os efeitos das associações entre acepromazina e butorfanol ou acepromazina e nalbufina como medicação pré-anestésica, bem como na dose de indução do propofol. Assim, diante do exposto, considerou-se pertinente avaliar os efeitos cardiorrespiratórios da acepromazina associada à nalbufina, butorfanol ou morfina, como medicação pré-anestésica em cães induzidos à anestesia com propofol, bem como verificar a influência dos fármacos sobre a dose de indução do propofol.