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Aspectos clínicos e laboratoriais de pacientes com anemia falciforme associados a distintos genótipos da haptoglobina

Processo: 10/00990-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de maio de 2010
Vigência (Término): 30 de abril de 2012
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Anatomia Patológica e Patologia Clínica
Pesquisador responsável:Maria de Fatima Sonati
Beneficiário:Eliel Wagner Faber
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Anemia falciforme   População do Brasil   Haptoglobinas   Polimorfismo genético   Imunomodulação   Hematologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anemia falciforme | haptoglobina | Imunomodulação | Polimorfismos Genéticos | População Brasileira | Vaso-oclusão | Hematologia

Resumo

A anemia falciforme (AF) tem sido caracterizada como um estado inflamatório crônico com ativação anormal do endotélio. Dessa forma, uma visão prospectiva da patogênese envolve interações complexas entre reticulócitos, neutrófilos, monócitos e o endotélio falciforme. Investigações recentes do papel da inflamação na fisiopatologia da AF sugerem que o equilíbrio da resposta imune Th1/Th2, relacionado ao perfil de citocinas produzidas, pode influenciar a morbidade nos pacientes com AF. A haptoglobina (Hp) é uma glicoproteína plasmática cuja função primordial é de se ligar à hemoglobina (Hb) livre no plasma para prevenir a excreção renal de ferro e os efeitos oxidativos resultantes de sua presença no vaso. Além disso, é uma proteína de fase aguda positiva, com propriedades imunomodulatórias. Dois alelos codominantes, HP1 e HP2, resultam em 3 genótipos/fenótipos principais, Hp1-1, Hp2-1 e Hp2-2, que correspondem a proteínas com características físico-químicas e funcionais distintas. Alguns autores têm sugerido que o genótipo Hp2-2 encontra-se menos representado em pacientes adultos com AF do que na população pediátrica, podendo estar relacionado a um pior prognóstico. Resultados preliminares obtidos pelo nosso grupo em pacientes com doenças falciformes (SS, SC e S-b talassemia) estão em concordância com esses achados. Logo, em teoria, os indivíduos portadores de diferentes genótipos da Hp, que por suas diferentes influências imunomodulatórias afetam de forma distinta o processo inflamatório na AF, estão sujeitos a um amplo espectro de gravidade das manifestações clínicas. O objetivo do presente estudo é determinar se os genótipos da Hp, as taxas de expressão gênica e os níveis plasmáticos das citocinas IL-1², IL-6, IL-8 e IL-10 se correlacionam com os aspectos clínicos e laboratoriais dos pacientes adultos com AF (HbSS), acompanhados no Hemocentro de Pernambuco (HEMOPE). A taxa de expressão gênica e os níveis plasmáticos das citocinas serão quantificados por PCR em tempo real (qRT-PCR) e ELISA, respectivamente, enquanto os genótipos de Hp serão investigados por PCR alelo-específica. Os dados clínicos e demais achados laboratoriais serão obtidos pela análise do prontuário médico desses pacientes e submetidos à análise estatística adequada ao desenho da investigação. Esperamos com esse estudo contribuir para a compreensão da fisiopatologia e diversidade clínica dos pacientes com AF.

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