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Efeito de peptídeos agonistas de receptores ativados por proteases do tipo 1 e 2 sobre a funcionalidade de células b-1: possível papel modulador da porção c-terminal da proteína s100a9

Processo: 09/15597-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2010
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2010
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Geral
Pesquisador responsável:Renata Giorgi
Beneficiário:Natassja Foizer Moraes
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Fagocitose   Subpopulações de linfócitos B
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:células B-1 | espraiamento | fagocitose | Par-1 | Par-2 | Proteína S100A9 | Fisiopatologia da resposta inflamatória

Resumo

A inflamação é um mecanismo de defesa, cujo objetivo final é a eliminação do agente agressor e debris celulares pelo processo da fagocitose, o qual é desempenhado por neutrófilos e macrófagos. Para os macrófagos esse fenômeno inicia-se com o espraiamento, onde ocorre uma alteração de sua forma arrendondada para achatada ou espraiada. Além das células fagocíticas clássicas, células originadas de linfócitos B, denominadas de células B-1, presentes predominantemente nas cavidades pleural e peritoneal de camundongos, têm sido descritas como capazes de se diferenciar em células fagocíticas. As células B-1 são capazes de migrar para um sítio inflamatório não específico, apresentando capacidades e funções semelhantes à dos macrófagos, aderindo a superfícies plásticas, espraiando e fagocitando, via receptores Fc e manose. Esses dados sugerem a importância dessas células como um novo fagócito mononuclear durante o processo inflamatório. Resultados de literatura demonstram que as células B-1 são radiosensíveis e proliferam espontaneamente em cultura estacionária de células peritoneais aderentes de camundongos e podem se diferenciar em células fagocíticas mononucleares sem ter relação com monócitos derivados do sangue. A resposta inflamatória é mediada por diversas substâncias bioativas, dentre elas as enzimas proteolíticas. Tem sido demonstrado que algumas serinoproteases participam da reação inflamatória por uma ação em Receptores Ativados por Proteases (PARs), os quais pertencem a uma família de receptores transmembrana acoplados a proteína G que são ativados após a clivagem do domínio N-terminal extracelular, gerando uma nova seqüência N- terminal que atua como ligante e ativador do próprio receptor. Foi demonstrado, por exemplo, que a trombina estimula a vasodilatação e a desgranulação de mastócitos via PAR1. A ativação de PAR2 induz a liberação de citocinas e a expressão de prostaglandinas, e estimula a fagocitose de queratinócitos, via polimerização de actina e reorganização de alfa actina. Foi também demonstrada a expressão de RNA mensageiro e expressão protéica de PAR1 e PAR2 após estímulos agudos e crônicos de macrófagos alveolares. Peptídeos sintéticos correspondentes a sequência N-terminal do novo ligante, gerado após a clivagem proteolítica dos PARs, podem seletivamente ativar esses receptores, mimetizando os efeitos das proteases. A trombina cliva PAR1 e expõe o ligante SFLLRN que ativa o receptor clivado, sendo que o peptídeo sintético SFLLRN é capaz de ativar diretamente PAR1. O mesmo ocorre com a tripsina que cliva PAR2 e expõe a seqüência SLIGKV e o seu peptídeo sintético ativa PAR2 sem precisar clivar o receptor. Os peptídeos sintéticos ativadores de PAR (PARs-AP) são utilizados para a investigação das funções desses receptores em processos fisiopatológicos. Tem sido demonstrado que PAR1-AP e PAR2-AP induzem ativação de mastócitos e que PAR2-AP induz o aumento da permeabilidade vascular, formação de edema e hiperalgesia em ratos. Nosso grupo demonstrou que a hiperalgesia induzida por PAR2-AP é inibida por um peptídeo sintético idêntico a porção C-terminal da proteína ligante de cálcio S100A9 murina (pS100A9m). Recentemente, demonstramos que PAR1-AP induz aumento do espraiamento e da fagocitose por células peritoneais aderentes de camundongos e que o pS100A9m inibe esses efeitos. Ainda, o pS100A9m também inibiu esses fenômenos em células peritoneais aderentes quiescentes de camundongos. Uma vez que as células B-1 são capazes de se diferenciar em células fagocíticas e que o pS100A9m inibe o espraiamento e a fagocitose por células peritoneais aderentes quiescentes ou estimuladas com agonistas de PAR1, este projeto visa avaliar a capacidade dos PAR1-AP e PAR2-AP induzirem o aumento do espraiamento e da fagocitose por células B-1, além do possível papel modulador do pS100A9m sobre esses fenômenos.

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