Bolsa 07/01694-5 - Neurofisiologia, Comportamento predatório animal - BV FAPESP
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Estudo neuro-etiológico da integração de informações sensoriais das vibriças durante o comportamento predatório em ratos

Processo: 07/01694-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2007
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2008
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Eliane Comoli
Beneficiário:Sabrina Roberta Oliveira Fontanesi
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Neurofisiologia   Comportamento predatório animal   Proteína Fos   Colículos superiores   Vibrissas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:colículo superior | comportamento predatório | integração sensorial | vibriças | Neurofisiologia

Resumo

Em estudos prévios através da imunodetecção da proteína Fos identificamos os sítios encefálicos ativos durante a caça de baratas, e propuzemos um possível circuito neural responsável por este comportamento. Um dos dados mais interessantes foi o padrão restrito de marcação na porção lateral das camadas intermediárias do colículo superior (CSl), não observado em outros comportamentos tais como defesa na presença de um predador natural, ingesta alimentar, nado forçado, etc. Dados de litetarura indicam que as camadas profundas do colículo superior estão envolvidas no controle motor e comportamentos guiados sensorialmente. Animais lesados bilateralmente com NMDA (N-METHIL-D-ASPARTIC ACID) no CSl apresentaram déficits comportamentais durante a predação, sugestivo de que o CSl seja um setor chave no comportamento predatório. Esses animais apresentaram movimentos apráxicos da musculatura orofacial e patas dianteras, daí a dificuldade de controlarem a abertura e fechamento do maxilar inferior e patas, portanto não serem capazes de abocanhar efetivamente as presas e agarrá-las com as patas dianteiras, e manuseá-las propriamente; conseqüentemente as presas escapavam com facilidade e ocorria fracasso da consumação. Em seguida foram verificados através do método do Phaseolus vulgaris, quais os alvos de projeção do CSl e quais as possíveis vias de atuação desse setor durante a predação em ratos. E, pelo método do Fluoro-Gold, quais os setores neurais aferentam o CSl. Os dados apontam que o CSl modula o comportamento predatório através de duas vias neurais: uma via descendente reticular que pode exercer controle direto sobre o movimento ocular, orofacial e dos membros dianteiros; e uma via ascendente que pode estar exercendo modulação da resposta motora na predação através da sua influência no circuito dos gânglios da base e do cerebelo. Ainda, os animais lesados podem apresentar déficits sensoriais sérios, uma vez que freqüentemente, mesmo se aproximando das presas, não detectam os movimentos de deslocamento das presas e essas passam desapercebidas no seu campo visual, o que seria um reflexo imediato muito certeiro em ratos não manipulados cirurgicamente ou lesados bilateralmente no CSl. Interessantemente, o CSl recebe informações principalmente referentes à sensibilidade tátil da região orofacial e das vibriças, bem como de estruturas ligadas ao controle motor. Nesse plano de pesquisa estamos propondo investigações experimentais que contribuirão para um melhor entendimento das bases neurofuncionais do comportamento predatório em ratos, como um instrumento que permite melhor entendimento do funcionamento do sistema nervoso. Para tal, objetivamos dar continuidade aos estudos referentes às estruturas neurais que integram informações sensoriomotoras durante o comportamento predatório em ratos, tais como o colículo superior. Acreditamos que o deslocamento da presa e mesmo o contacto das vibriças parece ser um estímulo fundamental para desencadear o comportamento predatório. Interessantemente, esses estímulos também podem estar envolvidos com o aumento da expressão de Fos no CSl durante o comportamento predatório; uma vez que o CSl recebe aferências sensoriais de estruturas relacionadas à sensibilidade da face e das vibriças. Assim, na tentativa de melhor compreender os sistemas neurais envolvidos no comportamento predatório, pretendemos avaliar a importância da informação sensorial das vibriças na caça de baratas, tanto no contexto da circuitaria colicular como sua interferência em outros circuitos envolvidos no comportamento predatório, em especial setores estriatais dos gânglios da base. Para tal realizaremos experimentos comportamentais com ratos normais e ratos cujas vibriças serão removidas; associando à expressão da proteína Fos nessas circunstâncias comportamentais.

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