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O silêncio como estratégia do inconsciente

Processo: 09/52628-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de outubro de 2009
Vigência (Término): 30 de setembro de 2010
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Leda Verdiani Tfouni
Beneficiário:Clarice Pimentel Paulon
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Psicanálise   Inconsciente (psicologia)   Positivismo   Silêncio   Análise linguística   Análise do discurso
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Analise Do Discurso | Inconsciente | Psicanalise | Silencio

Resumo

Dentro de uma visão positivista da linguagem, o silêncio é considerado como mero subproduto da fala, sendo que o sentido é dado apenas verbalmente. Essas teorias consideram apenas os produtos e não os processos de significação (discursos), reduzindo o silêncio à falta de sentido. Diferentemente, em Análise do Discurso (AD), o silêncio é visto em sua positividade, que considera sua forma peculiar de significar. Nessa perspectiva, ele seria anterior à fala e se caracterizaria como o local onde o devir se impõe e onde há uma multiplicidade de sentidos, alguns discretizados por palavras, outros não. É dentro dessa abordagem que Orlandi elaborou uma tipologia característica do silêncio, com o intuito de abarcar suas formas de significação. Para a autora, há três tipos de silêncio: o fundador (local do real da significação e do discurso, sendo caracterizado por um continuum de sentidos); o constitutivo (ao enunciar, sempre algo é silenciado) e o local (interdição histórica que atravessa o sujeito e o impossibilita de movimentar-se por certas formações discursivas). Nosso objetivo é evidenciar que a tipologia do silêncio proposta pela AD dialoga com a abordagem do silêncio elaborada pela psicanálise, que propõe polarizações para explicar a dinâmica do silêncio no inconsciente, tal como silere e tacere. O primeiro equivale ao silêncio inerente às pulsões, à ausência primordial das palavras, local onde o sentido é. O segundo corresponde ao silêncio da palavra não dita, a um sentido que é calado, mas desloca-se para outro lugar. O corpus que será investigado refere-se a um caso de esquecimento relatado por Freud ("O esquecimento de Signorelli"). (AU)

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