As relações politico-amorosas de Cleópatra com os generais militares Júlio César e Marco Antonio: testemunho de Plutarco

Resumo

A filha de Ptolomeu XII, Cleópatra VII, é considerada uma das mulheres mais famosas do Antigo Egito. Nos últimos anos, a imagem da rainha transformou-se em um importante objeto de estudo, tanto por historiadores quanto por escritores romancistas. Para além disso, a rainha tornou-se um ícone, sendo retratada em diversos longas-metragens, exibidos por todo mundo. Partindo deste ponto, é possível analisar como o mito de Cleópatra como mulher libertina, de sedução fatal, foi se perpetuando através dos séculos. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é analisar como as biografias de Plutarco, presentes na obra Vidas Paralelas, vieram por influenciar, ao longo dos anos, as diferentes obras históricas e fictícias a respeito das relações político-amorosas entre a rainha egípcia e os militares romanos Júlio César e Marco Antônio. Para tanto, faremos uso de uma coletânea de biografias intitulada As Memórias de Cleópatra, compostas por três volumes, da autora Margaret George, as quais apresentam características narrativas semelhantes com as encontradas nas obras de Plutarco. Além disso também pretendemos analisar os interesses por trás das relações amorosas da rainha com os romanos, uma vez que estas podiam não passar de jogos políticos, os quais ocultavam o interesse da rainha em aliar-se com um Império que encontrava-se no auge de sua ascensão. (AU)