O cristianismo no Brasil em suas feições econômicas e assistenciais com derivações...
Processo: | 24/07859-1 |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Exterior - Pesquisa |
Data de Início da vigência: | 23 de fevereiro de 2025 |
Data de Término da vigência: | 13 de julho de 2025 |
Área de conhecimento: | Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas |
Pesquisador responsável: | André Ricardo de Souza |
Beneficiário: | André Ricardo de Souza |
Pesquisador Anfitrião: | Jean-Louis Laville |
Instituição Sede: | Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil |
Instituição Anfitriã: | Conservatoire National des Arts et Métiers (Cnam), França |
Assunto(s): | Autogestão Cooperativismo Cristianismo Economia solidária Religiões Socialismo Sociologia da religião |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | autogestão | Cooperativismo | cristianismo | Economia Solidária | religião | Socialismo | Sociologia da Religião |
Resumo A França é o principal país onde se deu, no século XIX, a elaboração intelectual ligada ao ativismo político e à realização de experiências econômicas caracterizadas pela autogestão, compondo um fenômeno social que ficou conhecido como socialismo utópico. Constituído por cooperativas, associações, comunidades de convivência integral, tal conjunto de práticas socioeconômicas era orientado, em grande medida, por valores e preceitos religiosos, fundamentalmente cristãos, tendo como referência primordial o retrato bíblico da primeira comunidade de seguidores de Jesus Cristo no primeiro século, algo que é interpretado na literatura a respeito como o 'comunista cristianismo primitivo'. Mediante a construção teórico-política de Marx e Engels, denominada socialismo científico, as ideias e práticas identificadas com o socialismo utópico perderam adesão, vigor e força política, porém experiências autogestionárias reapareceriam no cenário francês em meados do século XX. Trata-se das chamadas 'comunidades de trabalho', muito destacadamente a fábrica de caixas de relógios Boimondau, nos anos 1940, cuja propriedade e gestão foram entregues ao conjunto de seus trabalhadores por um empresário guiado por valores cristãos, que permaneceu como liderança nela durante a maior parte de suas três décadas de existência. Uma relevante comunidade de trabalho brasileira foi formada por um sacerdote dominicano, inspirando pessoalmente nas experiências francesas, sobremaneira Boimondau. Também na França, com apenas três anos de autogestão, mas grande repercussão e mobilização nacional de apoio, a fábrica de relógios Lip teve entre seus principais líderes outro dominicano que atuava nela como 'padre operário'. Naquele país - muito menos que no Brasil - o movimento com valores socialistas e a bandeira da autogestão parece ter ainda algumas reminiscências religiosas, a despeito de a França ser profundamente marcada pelo laicismo. Tal trajetória histórica do cruzamento da militância socialista e autogestionária com a religião e seus resquícios compõem o objeto desta pesquisa. | |
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