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Quarenta dias no deserto sonoro: a literatura como arquivo nas obras de Valeria Luiselli e Maria Valéria Rezende.

Processo: 24/03324-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de setembro de 2024
Vigência (Término): 31 de maio de 2028
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Cleide Antonia Rapucci
Beneficiário:Jéssica Marroni Fortuna
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):Arquivo   Deslocamento   Literatura comparada
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:arquivo | Deslocamento | Literatura de autoria feminina | literatura latino-americana | Lost Children Archive | Quarenta dias | Literatura Comparada

Resumo

Nesta pesquisa, as obras Lost Children Archive (2019), da autora mexicana Valeria Luselli, e Quarenta Dias (2014), da autora brasileira Maria Valéria Rezende, são comparadas a fim de se compreender as semelhanças entre os espaços sobre os quais essas autoras escrevem. Considerando a questão fronteiriça (ANZALDÚA, 1987), o presente estudo tem em vista entender quais são as fronteiras em comum entre esses romances e como suas personagens lidam com o deslocamento e o impacto deste na construção de suas identidades. Luiselli escreve sobre a fronteira entre México e Estados Unidos, enquanto Rezende trata da fronteira entre norte e sul do Brasil, e em ambos os romances estão presentes histórias de populações migrantes e os vestígios deixados por elas, quase sempre ignorados ou perdidos ao longo de seu deslocamento. A hipótese desta pesquisa é que as obras analisadas constroem um arquivo com suas narrativas literárias a respeito de grupos que cruzam fronteiras, mesclando discursos históricos e ficcionais. Ao escrever sobre esses grupos migrantes e trazê-los para o centro da narrativa, as autoras contribuem para o que Stuart Hall chamou de "tornar o invisível visível" (2003), no que diz respeito a populações e espaços marcados pela diáspora. Este trabalho, portanto, conta com os estudos de Hartman (2020; 2021) a respeito do arquivo, de Hall (2003) a respeito de diáspora e pós-modernidade, de Lugones (2014) e Ballestrin (2017) a respeito da decolonialidade e feminismos, entre outros estudos que ajudam a compor um panorama da literatura latino-americana escrita por mulheres na atualidade.

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