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Cartografia de gênero e gênero na cartografia: análise e proposta de uma Semiologia Cartográfica Feminista para a Geografia brasileira

Processo: 24/09386-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de outubro de 2024
Vigência (Término): 31 de março de 2028
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
Pesquisador responsável:Lindon Fonseca Matias
Beneficiário:Isabela Magalhães Bordignon
Instituição Sede: Instituto de Geociências (IG). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Representação espacial   Semiologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cartografia Geográfica | Geografia de gênero | Representação espacial | Semiologia | semiose | Cartografia Geográfica

Resumo

A segunda metade do século XX foi um período marcante para a renovação de diversas ciências. Diante da contestação da maneira que a Geografia era pensada e praticada, os esforços para discutir a compreensão do espaço geográfico também contestaram a cartografia que era praticada até então, ao passo que produziam mapas convencionais sob um viés neopositivista. Inaugura-se, dessa forma, um campo teórico-epistemológico, denominado Cartografia Geográfica, com o objetivo de reflexão da Cartografia a partir da ciência geográfica. Também como reflexo dos acontecimentos nas décadas finais do século XX, em especial do movimento feminista das décadas de 1960/70, iniciam-se as discussões de gênero dentro das universidades, principalmente nas pesquisas em Ciências Sociais. Atrelada a uma nova forma de se compreender o espaço geográfico enquanto multidimensional, complexo e não neutro, as discussões de gênero inauguraram um novo subcampo nos estudos geográficos, denominado de Geografia de Gênero/Feminista, ganhando maior visibilidade no Brasil somente no início do século XXI. Em um contexto internacional de efervescência de epistemologias feministas para pensar a Cartografia a partir da Geografia, a presente pesquisa propõe um aprofundamento da Cartografia Geográfica, tensionando tal campo a partir da categoria de gênero, e a análise e proposição de uma Semiologia Cartográfica Feminista, que visibilize, a partir do mapa, as relações de gênero enquanto elementos ativos na produção do espaço geográfico. A metodologia a ser aplicada consiste no levantamento e revisão de literatura, realização de oficinas de mapeamento coletivo, confluindo para a análise de como os mapas têm sido representações espaciais imbuídas de relações de gênero e, como outros mapas, que rompam com o machismo, a misoginia e o falocentrismo, podem ser pensados, produzidos e utilizados a partir de um novo conjunto de códigos e signos, o qual denomina-se Semiologia Cartográfica Feminista. Dessa forma, a presente pesquisa busca promover uma contribuição significativa para a Cartografia Geográfica de Gênero, um campo de tensionamento da práxis geográfica a partir do viés de gênero, em que poucos geógrafos e geógrafas têm se debruçado sobre, e que tem o potencial de informar políticas públicas, influenciar práticas cartográficas e acadêmicas, e promover uma compreensão mais rica e complexa das relações de gênero no contexto geográfico brasileiro.

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