Efeitos da proximidade de áreas verdes com a doença tireoidiana: Resultados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Resumo

Há poucos estudos que avaliaram a associação das doenças tireoidianas com fatores ambientais como a poluição atmosférica. A maior parte das análises que existem são em mulheres grávidas submetidas a poluição atmosférica e o estudo geralmente foca na associação das doenças tireoidianas no binômio mãe-filho. Não se econtrou nenhum estudo que analisasse a associação da doença tireoidiana com a proximidade de áreas verdes que poderia ser um fator de proteção que mitigasse o efeito da poluição ambiental. O objetivo doprojeto é estudar a associação entre áreas verdes e doença tireoidiana em moradores da zona urbana da cidade de São Paulo usando dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Esta será uma análise transversal que utilizará dados da linha de base do ELSA-Brasil (2008-2010). A definição de doença tireoidiana será feita a partir dos níveis dos hormônios tireotrófico, da tiroxina-livre e do uso de medicamentos para tratar as doenças tireoidianas (levotiroxina, PTU e tiamazol). Baseado nesses cirtérios a doença tireoidiana será definida como: hipertireoidismo clínico, hipertireoidismo subclínico, eutireoidismo, hipotireoidismo subclínico e hipotireoidismo clínico. Também serão usados quintis dos níveis do hormônio tireoitrófico (TSH), da tiroxina livre (FT4) e dos anticropos antitireoperoxidase na análise. As informações sobre áreas verdes serão classificadas em 3 variáveis: número de árvores, cobertura vegetal e proximidade de áreas verdes considernado um buffer de 300 e de 1000 metrosda da residência do participante. Essas variáveis já foram mensuradas no estudo e estão prontas para uso. A análise estatística utilizará modelos espaciais, lineares generalizados, descritivos e inferenciais para avaliação da associação entre áreas verdes e doença tireoidiana e também com a autoimunidade avaliada pelos anticorpos antitireoperoxidase.