Bolsa 23/17562-3 - Lipídeos, Ácidos graxos essenciais - BV FAPESP
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Avaliação genotípica e fenotípica da bioconversão tecido-específico do ácido graxo alfa-linolênico em eicosapentaenoico e docosahexaenoico em roedores

Processo: 23/17562-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Nutrição - Bioquímica da Nutrição
Pesquisador responsável:Dennys Esper Corrêa Cintra
Beneficiário:Thaiane da Silva Rios
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Limeira , SP, Brasil
Assunto(s):Lipídeos   Ácidos graxos essenciais   Ácidos graxos ômega-3   Ácido eicosapentaenoico   Ácidos docosa-hexaenoicos   Nutrigenômica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ácidos graxos essenciais | Dessaturação | Elongação | Metabolismo de ácidos graxos | Nutrigenômica | ômega 3 | Lipídios

Resumo

Os ácidos graxos ômega-3 são essenciais por não serem sintetizados endogenamente em mamíferos, sendo sua ingestão alimentar obrigatória. Esses lipídios são essenciais por serem substratos a diversos mediadores químicos secundários, constituintes de tecidos, membranas e organelas. O ácido a-linolênico (ALA - C18:3) é encontrado de forma abundante no óleo de sementes como chia e linhaça, contudo, sua bioconversão endógena a espécies biologicamente mais nobres como eicosapentaenoico (EPA - C20:5) e docosahexaenoico (DHA - C22:6) parece ser insuficiente, devendo ser adquiridos de óleos de peixes. O ALA pode ser bioconvertido a EPA e DHA, mas de acordo com a literatura, esse processo é inefetivo. Tal alegação é feita por estudos que, sumariamente observam a concentração de EPA/DHA no sangue, após consumo de ALA. Contudo, o processo de bioconversão ocorre nos tecidos e, portanto, o que é encontrado no sangue seria reflexo da produção tecidual. Nos tecidos, as enzimas responsáveis são as dessaturases e elongases, contudo, cada tecido apresenta quantidade e atividade específica, aparentemente baseado na utilização a que cada tecido faz. Portanto, presumir que a taxa de biovonversão de ALA a EPA/DHA é insuficiente por observar o ambiente sérico apenas antes e após tratamento com ALA, parece ser pouco real. Enquanto a literatura aponta uma taxa de até 15% de conversão de ALA a EPA/DHA, dados preliminares do nosso laboratório apontam taxa de até 65% quando isso é observado num tecido específico. O fígado é o órgão mais investigado, contudo, os demais tecidos, negligenciados. Assim, o objetivo deste projeto é avaliar o padrão de expressão gênica das Fads1/2 e Elovls2/5/8, além de seu conteúdo proteico e atividade em tecidos como fígado, músculo esquelético, adiposo branco e marrom, testículos e ovários, hipotálamo, hipocampo e cerebelo, bem como o padrão de bioconversão do ALA em EPA/DHA nesses tecidos e no sangue, em camundongos saudáveis, de forma tempo-dependente (0h, 3h, 6h, 12h e 24h) após suplementação. A hipótese é de que, caso a taxa de bioconversão nos tecidos seja realmente alta, entender-se-á de que apenas o excedente dessa produção é liberado ao sangue. Se esses achados forem sólidos e se essa hipótese for observada em humanos, em estudos posteriores, isso poderá mudar a compreensão fisiológica atual sobre a importância desses ácidos ao organismo, bem como servir de base para alteração no padrão de recomendação nutricional no tocante a tais ácidos graxos. Associado a isso será possível reformular estratégias nutricionais e escolhas alimentares que priorizem fontes vegetais a fim de contribuírem para sustentabilidade mundial. (AU)

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