Incorporação de proteína vegetal em iogurte de alto teor proteico: potencial bioativo e modulação da microbiota intestinal de idosos

Resumo

Com o aumento da expectativa de vida e o crescimento da população idosa no mundo todo, há um interesse crescente na elucidação do efeito de diferentes alimentos e compostos bioativos provenientes de alimentos na promoção da saúde do idoso. O iogurte de alto teor proteico é um alimento interessante para esse público devido aos teores de proteínas de alto valor biológico, minerais essenciais, boa digestibilidade e presença de peptídeos bioativos que podem apresentar efeitos benéficos à saúde de idosos e, até mesmo, atuar na modulação da microbiota intestinal. A despeito dos benefícios do iogurte de alto teor proteico à saúde de idosos, existe uma tendência para redução do consumo de proteínas de origem animal, o que torna a substituição parcial de proteínas lácteas por proteínas vegetais em produtos lácteos uma estratégia interessante. No entanto, essa substituição pode afetar as características do produto, seu comportamento durante a digestão e, consequentemente, a bioacessibilidade e a bioatividade de peptídeos, bem como a modulação da microbiota intestinal. Nesse contexto, a presente proposta tem como objetivos avaliar o efeito da substituição parcial de proteínas lácteas por proteínas vegetais e de diferentes alterações digestivas associadas ao envelhecimento na digestibilidade de iogurte de alto teor proteico, bioacessibilidade de peptídeos, potencial bioativo e na modulação da microbiota intestinal. O projeto será dividido em 3 etapas. Na primeira etapa, um modelo in vitro de simulação da digestão gastrointestinal, considerando diferentes alterações digestivas associadas ao envelhecimento, será utilizado para avaliação dos efeitos da substituição parcial de proteínas lácteas por vegetais e alterações digestivas associadas ao envelhecimento na digestibilidade, bioacessibilidade de peptídeos e potencial bioativo (anti-hipertensivo, antidiabético e antioxidante) de iogurtes de alto teor proteico. Na segunda etapa, os iogurtes serão avaliados quanto ao efeito no crescimento de culturas puras de probióticos. Na terceira etapa do projeto, os iogurtes serão avaliados quanto ao efeito na modulação da microbiota de idosos. (AU)