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Influência do enriquecimento ambiental durante a adolescência sobre alterações comportamentais e neuroinflamatórias induzidas pela privação materna em ratos machos e fêmeas

Processo: 23/09040-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de setembro de 2024
Vigência (Término): 30 de junho de 2027
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
Pesquisador responsável:Deborah Suchecki
Beneficiário:Natalia Ferreira de Sá
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Enriquecimento ambiental   Privação materna   Psicobiologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Comportamento social e dos tipos ansioso e depressivo | Corticosterona (CORT) | enriquecimento ambiental | Fator Neurotrofico Derivado do Cérebro (BDNF) | Privação materna | Via das quinureninas | Psicobiologia

Resumo

O período neonatal é extremamente importante para a programação das respostas fisiológicas e comportamentais ao estresse em fases mais tardias da vida do indivíduo e grande parte deste processo depende da qualidade da relação mãe-filhote. Em roedores, a ruptura dessa relação, por meio da privação materna (PM) por 24 h, durante o período de hiporresponsividade ao estresse, altera a trajetória do neurodesenvolvimento das proles. Em trabalhos anteriores, nosso grupo demonstrou que a PM no dia pós-natal 3 (grupo PM3) produz aumento de comportamento do tipo ansioso, em machos e fêmeas jovens adultos, e redução da motivação para explorar um co-específico em machos adolescentes. Machos e fêmeas dos grupos PM3 e PM11 apresentam também aumento da frequência de imobilidade no teste do nado forçado, indicando que essa manipulação neonatal resulta em manifestações de comportamentos relevantes para ansiedade e depressão de forma dependente da idade e do sexo. Além disso, a neuroinflamação, altamente correlacionada ao estresse crônico, causa uma hiperativação da via das quinureninas, com aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias e fatores neurotóxicos pelas células da glia, sobretudo a micróglia e os astrócitos, além de ter impacto na diminuição das concentrações do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) e da neurogênese. O enriquecimento ambiental (EA), por sua vez, representa uma intervenção não-farmacológica de estimulação física, motora, sensorial, cognitiva e social que tem apresentado resultados positivos na prevenção e reversão dos efeitos deletérios induzidos por protocolos de estresse. No presente projeto, buscaremos avaliar o potencial do EA para reverter os efeitos comportamentais e neuroinflamatórios induzidos pela PM. Para isso, as ninhadas serão padronizadas em 4 machos e 4 fêmeas e distribuídas entre grupos controle (CTL), PM3 e PM11 e, após o desmame, 2 irmãos do mesmo sexo serão alojados em gaiolas-padrão (GP) ou em gaiolas com EA por 4 semanas, seguidas de 1 semana de alojamento em GP. Em cada ninhada, um animal representante de cada sexo/grupo/alojamento será submetido aos testes comportamentais, enquanto o outro representante não será testado. Após o fim do EA, os animais serão submetidos ao Teste de Splash de Sacarose, para avaliação do comportamento do tipo depressivo, por meio da latência e frequência do comportamento de auto-limpeza; ao Campo Aberto, para avaliação do comportamento do tipo ansioso; e aos Testes de Investigação e Interação Social para avaliação da preferência e motivação sociais. Após 1 semana alojados em GP, os animais serão submetidos novamente aos mesmos testes e, no dia seguinte, ao Labirinto em Cruz Elevado (LCE) para avaliação do comportamento do tipo ansioso. Trinta min após o LCE, os animais serão eutanasiados para coleta de sangue, glândulas adrenais, baço e cérebro. Serão realizadas a dosagem das concentrações plasmáticas de corticosterona (CORT) por radioimunoensaio. As concentrações encefálicas (hipocampo e córtex frontal) de BDNF e da principal enzima da via das quinureninas, a idolamina 2,3-dioxigenase (IDO), serão determinadas por Western Blot. As citocinas pró-inflamatórias serão dosadas no hipocampo e no córtex frontal por Imunoensaios Multiplex. Será também realizada a imuno-histoquímica para a análise histológica da micróglia (perfil M1 e M2) e dos astrócitos e para a avaliação da neurogênese hipocampal por meio das proteínas DCX e Neu-N. Os resultados desse projeto poderão fornecer evidências da eficácia do EA em reverter os efeitos prejudiciais da PM no comportamento emocional e na neuroinflamação ratos em machos e fêmeas adolescentes.

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