Promoção e controle do exercício físico por aplicativo na atenção básica à saúde: viabilidade, adaptações fisiológicas e benefícios associados à saúde de indivíduos com diabetes do tipo 2

Resumo

Programas regulares de exercício físico têm sido implementados na atenção básica à saúde devido ao aumento dos índices de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Dentre as DCNTs, o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a forma presente em 90% dos casos e é caracterizado por defeitos na ação e na secreção de insulina. O exercício físico tele-supervisionado tem sido atraente do ponto de vista custo-efetivo e poderia superar barreiras existentes para a prática de atividade física, além de já demonstrar efeitos positivos no controle glicêmico e perfil lipídico, e outras variáveis de saúde de diabéticos. Também é indicado para o combate da inatividade física e pode reduzir os gastos e sobrecargas dos serviços de saúde. O objetivo geral deste estudo é investigar a viabilidade, as adaptações fisiológicas e os benefícios associados à saúde de programas de exercício físico tele-supervisionado versus supervisionado presencialmente e não supervisionado em indivíduos com diabetes do tipo 2. Indivíduos com DM2 (N = 66), ambos os sexos e com idade de 35 a 59 anos serão alocados aleatoriamente para os grupos: 1) exercício físico tele-supervisionado por aplicativo para smartphone (G-Aplicativo); 2) exercício físico supervisionado presencialmente (G-Presencial); e 3) controle sem supervisão do exercício físico (CON). As variáveis antropométricas (peso, altura e índice de massa corpórea), hemodinâmicas (pressão arterial, frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca, rigidez arterial e função endotelial), metabólicas (hemoglobina glicosilada, glicemia capilar, triglicérides e colesterol total), perfil de saúde cardiovascular (pelo índice de saúde cardiovascular ideal) e capacidade funcional (força muscular de membros inferiores e superiores, flexibilidade, equilíbrio dinâmico e desempenho de caminhada) serão avaliados antes e após 12 semanas de intervenção. Os participantes farão 150 minutos semanais (5 dias/30 minutos) de exercício aeróbio moderado associado à 3 sessões de fortalecimento muscular, também de intensidade moderada, em todos os grupos de intervenções com e sem supervisão do exercício físico durante 12 semanas de seguimento.