Estudo de Vesículas Extracelulares de Macrófagos J774 após interação in vitro com leveduras de Sporothrix brasiliensis

Resumo

O fungo Sporothrix brasiliensis é a principal espécie causadora da esporotricose zoonótica. Esta doença apresenta um crescente aumento de casos no Brasil, principalmente na região Sudeste, tratando-se então de uma zoonose endêmica que afeta a saúde pública e carece de meios para sua contenção e tratamento. Nesse cenário, observa-se que os fungos Sporothrix spp. são termodimórficos e podem causar micoses subcutâneas e sistêmicas em casos mais graves, de tal modo que a resposta imunológica e a associação das VEs fúngicas e de macrófagos da resposta imune apresentam relação com a interação patógeno-hospedeiro. Assim sendo, sabe-se que as Vesículas Extracelulares (VEs) das leveduras do patógeno apresentam moléculas extremamente importantes no mecanismo de escape do agente nocivo em frente à resposta imune, bem como sabe-se que as VEs produzidas por macrófagos do hospedeiro podem ter capacidade de atuar na inibição do crescimento fúngico devido à produção de citocinas e moléculas de superfície. Contudo, o método de atuação das vesículas produzidas por macrófagos pré-ativados por meio de contato com o fungo ainda não é totalmente compreendida, de modo que seu papel na indução da resposta imune deve ser analisado para compreender a sua ação. Assim, a presente pesquisa busca assimilar e entender o modo de atuação das Vesículas Extracelulares de macrófagos e a viabilidade da associação das mesmas com drogas antifúngicas já utilizadas no tratamento contra a esporotricose, como o itraconazol, para uma análise de novos métodos de combate ao Sporothrix brasiliensis nas cepas de células J774 infectadas com conídios do patógeno.