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DEFAU-BIOTA: efeitos da defaunação no carbono do solo e na diversidade funcional de plantas da Mata Atlântica

Processo: 24/06084-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Jornalismo Científico
Vigência (Início): 01 de julho de 2024
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2024
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia de Ecossistemas
Pesquisador responsável:Mauro Galetti Rodrigues
Beneficiário:Emilly Geovana Lima da Silva
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/10639-5 - Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima, AP.CEPID
Assunto(s):Animais herbívoros   Biologia da conservação   Caça   Carbono no solo   Defaunação   Dispersão de sementes   Mamíferos   Mata Atlântica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:animais herbívoros | Biologia da conservação | caça | carbono no solo | Defaunação | dispersão de sementes | mamíferos | Mata Atlântica | Ciências biológicas e ecologia de ecossistemas

Resumo

DEFAU-BIOTA: Efeitos da defaunação na diversidade da Mata AtlânticaA problemática da extinção de espécies é um desafio global grave, na qual sua percepção muitas vezes passa despercebida, embora seus impactos alcance todo o planeta. As ameaças se tornam riscos e exercem intensas pressões sobre os serviços ecossistêmicos, comprometendo a longevidade, estabilidade e funcionalidade desses ambientes. A subtração, total ou parcial, de espécies animais em seus habitats naturais é conhecida como defaunação. Os efeitos desse fenômeno são expressivamente prejudiciais, pois carregam o potencial de reconfigurar os ecossistemas por meio de interações enfraquecidas. Entre os casos, a fragmentação das áreas limita a locomoção e distribuição de animais, especialmente espécies de médio e grande porte. Independentemente do nível trófico, ambos se tornam expostos a ações antropogênicas, entretanto outras espécies podem se beneficiar diante desse cenário. Dessa forma a ausência de predadores superiores desencadeiam a pressão das presas diante a predação e beneficia a irrupção de predadores herbívoros, espécies nativas e ou exóticas desfrutam da fragmentação ofertada pela disponibilidade de recursos abrangentes das zonas de contato entre áreas urbanas ou agrícolas e manchas de habitat. As alterações geradas no ambiente são resultados do conjunto de atividades humanas ou desencadeadas pelas mesmas. Essas ações têm o potencial de prejudicar as interações mutualísticas, que envolve os benefícios mútuos entre dois ou mais indivíduos. A frugivoria é um exemplo de equilíbrio. As plantas produzem e disponibilizam frutos carnosos e nutritivos, os vertebrados desempenham o papel crucial na dispersão das sementes. A extinção desses dispersores de forma regional ou global afeta diretamente o presente e o futuro das plantas que dependem desse serviço. Os efeitos das mudanças climáticas a curto prazo intensificam a incidência de incêndios florestais, a médio ou longo prazo podem modificar a vasta extensão de florestas em savanas abertas, tornado ambientes inadequados e impróprios para espécies arborícolas. A comunidade de mamíferos herbívoros como catetos e queixadas atuam na jornada de crescimento das plantas, devido sua participação no ciclo de nitrogênio nas florestas, seus excrementos atuam como "adubação" no solo fomentando a diversidade estrutural das formas de crescimento das plantas. Os efeitos da defaunação nas florestas evidenciam a interrupção dos ciclos de alimentação de várias espécies resultam em mudanças na abundância populacional e afetam tanto a sobrevivência quanto a reprodução desses indivíduos. Por sua vez, refletem nos ecossistemas e potencializam as mudanças climáticas. Cada espécie responde de forma única aos efeitos imposto a elas, seu papel na comunidade ecológica possui o potencial de percorrer por múltiplas direções, dificultando a previsibilidade da sua trajetória, no entanto, destacar os pontos finais do processo de reorganização que já tenham passado e as consequências funcionais dessa mudança auxiliam na gestão eficiente de medidas para conservação. O DEFAU-BIOTA é um projeto que visa elucidar o papel dos grandes mamíferos herbívoros na diversidade de microorganismos do solo e plantas na Mata Atlântica. Monitorando as modificações do carbono do solo e as características funcionais das plantas, decorrentes da influência da diversidade e abundeza desses mamíferos. Para isso é necessário a realização de diversos testes a longo prazo, a fim de avaliar tais efeitos para que seja possível implementar medidas capazes de reduzir a perda da fauna e restaurar a biodiversidade da floresta tropical.

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