EFEITO DE UM EXTRATO DE PRÓPOLIS VERDE BRASILEIRA SOBRE A INIBIÇÃO DOS INFLAMASSOMAS NLRP3 E NLRP6 EM CÉLULAS HEPÁTICAS ESTRELADAS ESTIMULADAS COM OS ANTÍGENOS SOLÚVEIS DOS OVOS DE Schistosoma mansoni

Resumo

A esquistossomose, causada pelo parasito Schistosoma mansoni, é uma doença aguda e crônica que resulta na formação contínua de granulomas em resposta aos antígenos solúveis dos ovos (SEA - do inglês soluble eggs antigens) do parasito no fígado do hospedeiro. A ativação dos inflamassomas NLRP3 e NLRP6 (nucleotide-binding domain and leucine-rich repeat receptors) em células hepáticas, notadamente as células estreladas hepáticas (HSCs), resulta na regulação aumentada de fatores de transcrição como TGF-1² e NF-ºB, promovendo o acúmulo de colágeno e a liberação de citocinas inflamatórias, como IL-1² e IL-18, fundamentais para processos de fibrinogênese. No contexto terapêutico, a própolis verde brasileira (PVB) destaca-se por suas propriedades anti-inflamatórias e hepatoprotetoras. Estudos prévios demonstraram a capacidade do extrato de própolis verde brasileira (EPVB) em inibir NLRP3, TGF-1² e IL-1² em macrófagos murinos. Assim, propõe-se avaliar in vitro o potencial inibitório do EPVB sobre os inflamassomas NLRP3 e NLRP6 na linhagem celular GRX, representativa das HSCs murinas, após estimulação com SEA. Para tanto, realizar-se-á a avaliação citotóxica do EPVB na linhagem GRX para determinar as concentrações a serem avaliadas. Posteriormente, as células GRX serão estimuladas com SEA, incubadas com ou sem EPVB, e o efeito inibitório será avaliado pela dosagem de citocinas no sobrenadante das culturas, bem como pela determinação da expressão das proteínas NLRP3 e NLRP6, caspase-1 e IL-1² no lisado celular.