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O abolicionismo de Mary Wollstonecraft

Processo: 24/03359-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 01 de setembro de 2024
Vigência (Término): 28 de fevereiro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Teoria Política
Pesquisador responsável:Eunice Ostrensky
Beneficiário:Eunice Ostrensky
Pesquisador Anfitrião: Andrew Fitzmaurice
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Queen Mary University of London, Inglaterra  
Assunto(s):Abolicionismo   Igualdade   Liberdade   Razão
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:abolicionismo | despotismo | Humanidade | Igualdade | Liberdade | razão | História do pensamento político

Resumo

O projeto pretende investigar a importância dos argumentos abolicionistas na obra teórica de Mary Wollstonecraft, adotando como pano de fundo o debate em torno da legitimidade do tráfico de escravos entre o final da década de 1780 e o início da década de 1790 na Inglaterra. Provável participante desses debates, Wollstonecraft estabelece uma equivalência entre a escravidão política das mulheres e a escravidão civil ou social sofrida pelas pessoas transportadas à força para as colônias das Índias Ocidentais. Essa equivalência, no entanto, é bastante controversa. De um lado, argumenta-se que as mulheres, ao contrário dos africanos escravizados, tinham garantidos alguns direitos civis e proteção social; de outro, responde-se que as mulheres, assim como os africanos escravizados nas colônias, eram consideradas propriedade dos homens e estavam sujeitas à sua vontade arbitrária. O projeto sugere que a sobreposição entre a escravidão política e a social não é paradoxal nem apenas metafórica. Ela deriva do conceito de humanidade formulado por Wollstonecraft em resposta a dois adversários distintos: antiabolicionistas e autores que defendiam a exclusão das mulheres do mundo político. O conceito de humanidade, por sua vez, implica que a liberdade civil e política está condicionada a uma ideia abstrata de igualdade. Além disso, ao reiterar a associação entre escravidão, despotismo e tirania, mas com foco nos fundamentos do governo dos homens sobre as mulheres, Wollstonecraft evidencia as dinâmicas de dominação no âmbito social.

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