Identificação e avaliação de assinatura de expressão gênica de células-tronco hematopoiéticas por abordagens de biologia de sistemas e aprendizado de máquina

Resumo

É conhecimento de senso comum que encontrar doadores compatíveis para o transplante de medula óssea é uma tarefa árdua, embora a razão disso não seja muito clara à população. De fato, por razões genéticas, a chance de se encontrar um doador compatível entre irmãos é de 25% e entre indivíduos não aparentados, é de cerca de 1:100.000 a depender da população. O incentivo ao registro individual em cadastros nacionais de doadores é uma das estratégias que podem contribuir para o aumento da chance de se encontrar um doador compatível. Outro avanço recente que também carrega a promessa de contribuir para o tratamento de pessoas que dependem de um transplante medular é a terapia gênica. Acerca desses pontos, existe uma série de preconceitos, de certa forma, enraizados no imaginário coletivo que fazem com que a população em geral acredite, erroneamente, que em nada pode contribuir nessa temática ou que tenha ressalvas quanto a estes procedimentos: com relação à doação de medula, o receio da segurança e da dor associada ao procedimento; já com relação à terapia gênica, o medo de que ela possa ser danosa à humanidade, permeada por preceitos antiéticos, com o potencial de gerar mutantes e seres indestrutíveis, muito melhores que os existentes, temendo, inclusive, que extingam a espécie humana. Isso ocorre, por vezes, por desconhecimento e desinformação. Logo, é essencial e determinante para o aumento das chances de sobrevida para os dependentes de um transplante medula que a informação adequada seja difundida e gerida entre a população. O projeto em questão objetiva difundir conhecimento científico sobre transplante de medula óssea, desafios e tecnologias associadas, numa perspectiva educativa ao mesmo tempo crítica e analítica.